domingo, 5 de janeiro de 2014

COLUNA DICA DE LEITURA: “AS MIL E UMA NOITES”

DICA DE LEITURA: “AS MIL E UMA NOITES”
Por Fernando Chagas da Costa (*)


A dica de leitura dessa semana serve para o período de férias, porque se precisa de mais do que um bom final de semana ou feriadão para completá-la, em função do seu tamanho. Entretanto, não desista de cara, ao se impressionar com o volume.

Embora já tivesse ouvido falar sobre a obra quando adolescente, somente a adquiri quando paguei na faculdade uma disciplina na qual o professor nos deixava livre para ler diversas obras e fazermos resumo para apresentar aos demais colegas. Como ela falara certa vez sobre o livro, o escolhi para o trabalho e assim conheci “AS MIL E UMA NOITES”, um clássico da literatura árabe.

A edição que tenho, composta por dois volumes, é apresentada por Malba Tahan, cujo livro “O Homem que calculava” foi aqui sugerido para leitura em 24.08.2013.
O início das aventuras começa quando um Rei da Pérsia, de nome Shariar, descobre que sua mulher era infiel e o traía com um escravo todas as vezes que ele viajava. Furioso com a situação, o rei mata a mulher e o escravo, e a partir daí acredita que nenhuma mulher é digna de confiança.
Com isso, toma uma decisão terrível: dormiria, a partir de então, a cada noite com uma mulher diferente e na manhã seguinte mandaria matá-las, para não correr o risco de uma nova infidelidade.

E assim o massacre transcorreu durante certo tempo. Seu vizir, um tipo de primeiro ministro ou conselheiro, trazia as moças ao rei e na manhã seguinte elas eram entregues para o sacrifício. Até que um dia, Sherazade, filha do vizir toma a decisão de ser uma das moças a ser levada ao rei, para tristeza e desespero de seu pai, que tenta, sem sucesso, impedi-la da ideia.

O que o vizir não sabia era que a filha tinha um plano, arriscado, que colocaria em prática.
Ao ser apresentada ao rei, Sherazade faz um único pedido: que ele permita que sua irmã venha ao castelo para despedir-se, o que o monarca permite.

Assim, após o rei a possuir e para completar a noite que a separa do amanhecer fatídico, a irmã pede a Sherazade (isso já havia sido combinado entre as duas) para contar-lhe uma história, na presença do rei. E assim é feito.

Sherazade começa, então,  a extraordinária História do mercador e do gênio, porém quando o dia está amanhecendo, ela interrompe a história, dizendo que só a continuaria na noite seguinte. O rei já totalmente encantado com a história, não dá a ordem de execução e espera ansioso para saber como terminaria a narrativa.

Usando a mesma estratégia da primeira noite, Sherazade vai sobrevivendo noite após noite, ano após ano, parto após parto (chega a ter três filhos com o rei) com histórias que abrangem os mais diversos temas.

Para quem gosta da magia das histórias árabes, “As mil e uma noites” é leitura mais que obrigatória, além de extremamente prazerosa.

Boa leitura

(*) Fernando Chagas da Costa é funcionário do Banco do Brasil há mais de 30 anos e professor universitário da área de exatas na Faculdade de Alagoas/FAL, vinculada a Estácio de Sá.

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