domingo, 5 de janeiro de 2014

Minissérie global com sotaque pernambucano


A paixão desenfreada – e inconsequente – de um clássico da literatura recifense em uma roupagem nova. A minissérie Amores roubados, que estreia amanhã na Globo, depois da novela Amor à vida, traz uma receita que mistura a ousadia da dupla José Luiz Villamarin, diretor, e George Moura, roteirista, com um enredo forte, atores do primeiro escalão global, com Cauã Reymond, Isis Valverde e Murilo Benício. Para completar, parte do melhor que as artes dramáticas pernambucanas revelaram.

A minissérie é o segundo projeto de Villamarin e George, que fizeram juntos a elogiada trama de Canto de sereia. Em Amores roubados, Leandro, (Cauã Reymond) é um jovem sommelier que volta a sua cidade natal. Lá, passa a usar seus dotes de sedução e encanta duas mulheres comprometidas: a recatada Isabel (Patrícia Pilar), esposa do poderoso e ciumento dono da maior vinícola da região Jaime Favais (Murilo Benício), e a sensual Celeste (Dira Paes). Brinca com a paixão das duas, mas é pela filha de Isabel, Antônia (Isis Valverde), por quem realmente se apaixona – um risco, pois  a relação contraria o pai dela, Jaime.

Se o elenco conta com alguns do mais disputados atores globais – foi durante às gravações em Petrolina que surgiram os rumores de uma relação entre Cauã Reymond e Isis Valverde –, também está cheio de atores bem familiarizados com o sotaque pernambucano. Uma das maiores revelações dos últimos anos do cinema nacional, Irandhir Santos interpreta João, rapaz que mora na casa dos Novais e tem o sonho de ser aceito pela família. Com uma paixão secreta por Antonia,  atende  os desejos do pai dela, Jaime, para se aproximar do patrão.

“João se torna um braço direito do dono, mas um braço que realiza as ações. Sempre que se precisa partir para uma violência em resposta a algo, é ele que vai atrás. Ele é um braço direito que ao longo do processo vai desenvolvendo um corpo próprio. Junto com Murilo, eles vão tentar solucionar os problemas que surgem a partir das paixões, do amor”, conta o ator pernambucano.

Do outro lado da trama, um rosto bastante conhecido de Irandhir: o do jovem ator Jesuíta Barbosa, de 22 anos. Destaque junto com o colega em Tatuagem, de Hilton Lacerda, ele é Fortunado, o grande amigo e confidente de Leandro. “Acho que ter contracenado com Irandhir contribuiu muito, no melhor dos sentidos. A gente se encontrou na série agora quase que como rivais, tem até uma cena de briga, de discussão”, revela o ator. “A intimidade que é criada em um trabalho serve para o outro. Não temos muitas cenas juntos nela, mas quando a gente se encontra faz tudo sentido. É só olhar no olho que a gente se sente à vontade”.


Ambos se juntaram a outros pernambucanos – além do próprio roteirista, George Moura –, como Germano Haiut e Thaysa Zooby. Germano, ator experiente do cinema e do teatro, faz sua estreia na TV como pai de Murilo Benício. “Comemorei quando soube que A emparedada seria adaptado e achei muita boa a ideia de se passar no sertão, que traz um pouco do que havia no final do século 19”, comenta.

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