Em reunião do Conselho Deliberativo da SUDENE, realizada
hoje (2), em Fortaleza-CE, onde estiveram presentes os onze governadores dos estados atendidos
pela SUDENE, a presidente Dilma Rousseff anunciou novas medidas para combate
aos efeitos da estiagem(Seca) que vêm atingindo todo o Nordeste.
Podemos destacar as seguintes medidas:
- Disponibilização de 340 mil toneladas de milho subsidiados
nos meses de abril e maio;
- Aumento de 30% no número de carros-pipas;
- Prorrogação do Garantia Safra e do Bolsa estiagem;
- Ampliação de linhas de crédito e renegociação das dívidas
dos produtores da região;
Os recursos estão estimados em R$ 9 bilhões para implementação
das novas medidas.
Durante o discurso a presidenta prestou algumas informações:
“Ações
estruturantes relativas à oferta de água, seja barragens, adutoras e estações
elevatórias, todas as formar de construir aqui na região um nível de segurança
hídrica mais efetivo e de grande durabilidade. Essas medidas estruturantes,
junto com toda a estrutura de proteção social, montada pelo governo do
presidente Lula e pelo meu governo, elas explicam porque a cara da miséria
nessa região não foi tão acentuada perversamente pela estiagem”, disse.
“Assumimos o compromisso de construir 27 mil
cisternas de produção e agora acrescentamos mais 40 mil. Porque consideramos
que as cisternas de produção são estratégicas no momento de iniciar dois
processos, que é salvar os rebanhos existentes e nos preparar para ter de fato
uma estrutura mais robusta para não ter uma perda de rebanhos a cada seca”,
afirmou.
Diante do exposto acima, ficam algumas lacunas a serem
abordadas, entre elas:
- Foi anunciado o milho para os meses de abril e maio. O
secretário, Ranílson Ramos, quando estive na semana passada em Bom
conselho(PE), afirmou que a cana de açúcar, fornecida pelo governo do estado de
Pernambuco, também só daria para os próximos 60 dias. Fica a pergunta, daqui a
60 dias qual o alimento que será dado aos animais? Já que não teremos nem a
cana do governo estadual e o milho do governo federal;
-Precisamos de maiores detalhes quanto as linhas de crédito
que serão disponibilizadas, para podermos emitirmos uma opinião balizadora;
- A grande expectativa dos produtores rurais era quanto a
anistia/perdão das dívidas rurais, coisa que não foi anunciada. Uma simples
prorrogação não resolve o problema do produtor, pois somente estará jogando a dívida
para o futuro. Para se ter uma idéia, leva-se em média dez (10) anos para a
recuperação da cadeia produtiva rural. Sendo assim o produtor não terá
capacidade de pagamento para arcar com seus débitos junto às instituições
financeiras.
Fonte: blog.planalto.gov.br