Como parte das ações que
marcam o Dia Mundial de Combate às Hepatites Virais, celebrado em 28 de julho,
o Ministério da Saúde, em conjunto com os estados e municípios, realiza em todo
o país mobilização para testagem da doença. Até o dia 2 de agosto, serão
oferecidos testes para as hepatites B e C e vacina para hepatite B em postos de
saúde; Centros de Testagem e Aconselhamento e centros de reabilitação da rede
pública em quase todos os estados brasileiros. A estimativa é de realizar cerca
de 170 mil testes durante este período.
Em agosto de 2011, o Ministério da Saúde introduziu
testes rápidos para detecção das hepatites B e C no Sistema Único de Saúde
(SUS). No primeiro ano (2011), foram disponibilizados 30 mil testes para os
dois tipos da doença, em 2012, foram 1,5 milhão incluindo os dois tipos. Até o
final deste ano, o Ministério da Saúde vai distribuir 2,4 milhões para os dois
tipos. Em comparação com o ano passado, houve um aumento de 61% na distribuição
de testes pelo Ministério da Saúde. Se comparado com 2011, o crescimento da
oferta chega a oito mil por cento.
“A ampliação do acesso à população dos testes
rápidos e imunização de 95% do público prioritário contra a hepatite B, são
prioridades do Ministério da Saúde. O Brasil é o único país em desenvolvimento
no mundo a oferecer acesso universal ao diagnóstico e ao tratamento para as
hepatites virais por meio do seu sistema público de saúde (SUS)”, ressaltou o
ministro Alexandre Padilha, lembrando que a Organização Mundial de Saúde (OMS)
reconheceu a liderança brasileira nas ações de enfrentamento às hepatites
virais.
“Estamos investindo na ampliação da prevenção e no
acesso ao diagnóstico para que possamos enfrentar e conter esta doença
silenciosa”, destacou o secretário de Vigilância em Saúde, do Ministério da
Saúde, Jarbas Barbosa.
CAMPANHA – Com o Slogan: “Hepatites Virais: sem perceber,
você pode ter”, a campanha do Ministério da Saúde foi lançada neste final de
semana em veiculação nacional. A campanha é composta por filme e cartazes para
públicos específicos, além de peças para as redes sociais. Os cartazes são
destinados às gestantes, aos jovens e aos adultos e alerta sobre a importância
do teste e da vacina para a hepatite B. Também faz parte da campanha anúncios
dirigidos aos profissionais de saúde sobre a ampliação da faixa etária da
vacina e sobre a recomendação dos testes para hepatites B e C.
VACINA - A partir deste ano, a vacina contra hepatite B
também está sendo oferecida para pessoas com até 49 anos. A medida beneficia um
público-alvo de 150 milhões de pessoas - 75,6% da população total do Brasil. No
ano passado, a idade limite para vacinação gratuita era até 29 anos. Em
2012, mais de 15,7 milhões de pessoas foram protegidas contra a hepatite B.
Após três doses, mais de 90% dos adultos jovens e mais de 95% das crianças e
adolescentes desenvolvem respostas adequadas de anticorpos. Com a ampliação da
faixa-etária, o Ministério da Saúde reforça a importância da vacinação de
adultos, como forma de melhorar a condição de saúde da população
brasileira.
TRATAMENTO – O Sistema Único de Saúde oferta tratamento para a
doença. Desde o início do ano, o Ministério da Saúde passou a disponibilizar no
SUS dois novos medicamentos contra hepatite C, o Telaprevir e o Boceprevir. Os
medicamentos são recomentados aos portadores de cirrose e fibrose avançada,
grupos de maior risco de progressão da doença e de morte. Os novos medicamentos
fazem parte da classe de inibidores de protease, considerados mais modernos e
eficazes para combater a doença em todo o mundo. O telaprevir e o boceprevir
têm uma taxa de eficácia de 80% − o dobro do sucesso obtido com a estratégia convencional
utilizada atualmente, que associa dois medicamentos, o Interferon Peguilato
(injetável) e a Ribavirina (via oral), cujo tratamento tem duração de 48 a 72 semanas. Os novos
medicamentos são administrados oralmente, e têm duração de até 48 semanas.
A DOENÇA – As hepatites são doenças graves que atacam o
fígado, um dos órgãos mais importantes e vitais do corpo humano. Os cinco
principais tipos (A, B, C, D e E) são causados por vírus que podem passar de
uma pessoa para outra. A hepatite B é uma doença sexualmente transmissível
(DST). E, assim como a hepatite C, pode ser também transmitida pelo sangue.
As hepatites são consideradas uma doença
negligenciada em todo o mundo.Cerca de 325 milhões de pessoas são portadores
crônicos da hepatite B e 170 milhões da hepatite C, segundo a Organização
Mundial de Saúde (OMS).No Brasil, a estimativa é de que existam 800 mil
infectadas pelo vírus B e 1,5 milhão de pessoas infectadas pela hepatite C. Da
infecção até a fase da cirrose hepática, pode levar de 20 a 30 anos, em média, sem
nenhum sintoma.
Da Agência Saúde/Ascom/MS
(61) 3315.3580
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