Por
Bruna Mello
Nas
últimas décadas, houve um aumento significativo da incidência de doenças
cardiovasculares na mulher, em especial na doença arterial coronariana (DAC).
Dados recentes apontam que essa é a causa de 36,9% das mortes de mulheres. A
faixa etária do aumento da mortalidade cardiovascular da mulher ocorre, em
média, dez anos após a do homem e isso se explica, parcialmente, pelo papel
protetor do hormônio estrogênio, que se mantém presente até a época da
menopausa.
A
hipertensão arterial é o principal fator de risco para doenças
cardiovasculares, tanto nas mulheres pré-menopausa quanto pós-menopausa.
Durante o período fértil, a mulher é menos hipertensa que o homem, devido aos
elevados níveis de estrógeno ou pela menor viscosidade e menor volume sanguíneo
associadas às perdas menstruais mensais.
Além
disso, neste mesmo período pré-menopausa, a hipertensão na gravidez é
relativamente frequente e a pré-eclâmpsia é uma das principais causas de
mortalidade materna quando evolui para formas mais graves. Em contrapartida,
após a menopausa, há um declínio nos níveis de estrogênios, associados com
alterações no metabolismo lipídico, aumento da adiposidade central e
desenvolvimento de obesidade, aumentando assim a hipertensão arterial nas
mulheres, de tal forma que a sua prevalência se torna maior que as dos homens
da mesma idade.
A
mudança do padrão de vida das mulheres talvez explique, em parte, a ocorrência
de dados tão alarmantes: ao lado das responsabilidades tradicionais com a casa,
filhos, marido e parentes idosos, as mulheres adquiriram as responsabilidades
que antes se destinavam aos homens, como o trabalho fora do lar.
Ao
mesmo tempo, as mulheres adquiriram alimentação irregular, com o aumento da
ingestão de gorduras, carboidratos, álcool, falta de atividade física regular e
aumento do tabagismo. Os riscos de doenças cardíacas
associadas à hipertensão arterial, podem ser reduzidas nas mulheres seguindo
medidas não-farmacológicas, como:
-
Perca peso: essa é a maneira mais efetiva para controlar a pressão e mesmo
pequenas reduções diminuem significativamente a pressão, bem como riscos
cardiovasculares graças à melhora do perfil lipídico e da tolerância à glicose,
melhorando também a resposta à terapia de drogas anti-hipertensivas.
-
Cuidado com o sódio: o excesso de sódio eleva a pressão arterial por aumento da
volemia e, consequentemente, aumento do débito cardíaco. Posteriormente, por
mecanismos de auto-regulação, há aumento da resistência vascular periférica,
mantendo elevados os níveis de pressão arterial.
-
Evite alimentos processados: enlatados, embutidos, conservas, molhos prontos,
caldos de carne, temperos prontos e defumados também são ricos em sódio e devem
ser evitados. Uma boa opção nesse sentido é introduzir o uso de salgante para o
preparo das refeições. Composto à base de cloreto de potássio, salga os
alimentos, sendo totalmente livre de sódio. A ingestão deve ser monitorada nos
quadros clínicos de insuficiência renal crônica e indivíduos em tratamento
hemodialítico.
-
Consuma alimentos ricos em potássio: o potássio tem efeito anti-hipertensivo e
exerce ação protetora contra danos cardiovasculares. Para isso é recomendado
consumir alimentos ricos em potássio, como frutas (amora, abacate, banana),
leguminosas (feijão, ervilha, grão-de-bico) e vegetais (beterraba, cenoura,
espinafre) e muitas outras.
-
Evite bebidas alcoólicas: o consumo excessivo de álcool eleva a pressão, além
de ser uma das causas de resistência terapêutica anti-hipertensiva.
-
Faça exercícios físicos: o exercício físico regular reduz a pressão arterial,
além de produzir benefícios adicionais, como a diminuição do peso corpóreo,
ação coadjuvante no tratamento das dislipidemias, diminuição da resistência à
insulina e auxílio no controle do estresse.
Seguindo
essas dicas, as mulheres tem muito mais chances de se manter longe da
hipertensão arterial e, consequentemente, dos problemas cardiovasculares. Sem
dúvida, são medidas que compensam.
Bruna
Mello é nutricionista e consultora do Bio Salgante, primeiro sal sem sódio
do Brasil.
Sobre
o Bio Salgante:
www.biosalgante.com.br /
(11) 4858 0507
O
Bio Salgante é o primeiro sal sem sódio do Brasil. O produto, que foi testado
pela Unifesp, é um importante aliado na luta contra a hipertensão, já que sua
fórmula é à base de cloreto de potássio. Com um paladar agradável e
extremamente próximo ao do sal, muitas vezes seu uso nem foi percebido em
testes cegos. Sua única restrição é que não deve ser submetido a temperaturas
superiores a 180 graus ºC.
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