quarta-feira, 9 de abril de 2014

"Laranja" que teria comprado posto de R$ 1 milhão morava com o prefeito.

Denúncias contra o prefeito envolvem suposta compra do único posto de gasolina da cidade, no valor de R$ 1 milhão, e de um terreno de 55 hectares orçado em R$ 600 mil. Dono do posto teria recebido R$ 300 mil à vista de um cargo comissionado que morava na casa do prefeito


Prefeito disse não haver provas concretas contra ele e acusa adversários de não se
conformarem com a derrota. Foto Blenda de Souto Maior/DP/D. A Press.

O presidente da Câmara de Vereadores de Correntes, José Cardoso (PSB), disse terça-feira (08), que a mesa diretora só dará parecer sobre a criação da CPI proposta pela oposição na sexta-feira, um dia a mais do que os adversários previam. Segundo ele, o requerimento da CPI que pretende investigar um suposto enriquecimento ilícito do prefeito, Edimilson da Bahia (PSB), está sendo analisado pela sua assessoria jurídica.

Ele entende que a oposição tem direito de abrir uma investigação política, mas acredita haver erro no documento, que não especifica o objeto a ser investigado. "Eles falam de um suposto enriquecimento ilícito, mas não pode ser assim", afirmou.Segundo o presidente, o requerimento da CPI contou com a assinatura de três dos nove vereadores, número suficiente, e com prazo determinado para iniciar e começar, também de forma correta. "Mas faltou o objeto, que precisa ser especificado", afirmou.

De acordo com o ex-prefeito Júnior Nivaldo (PR), que perdeu a eleição por apenas um voto e acompanha o processo de perto, é visível para os moradores da cidade o enriquecimento do atual prefeito, que, segundo ele, comprou um posto de gasolina usando um "laranja" e uma terreno de 55 hectares, respectivamente nos valores de R$ 1 milhão e R$ 600 mil. "Enquanto ele enriquece, os idosos comem pipoca com água no lanche no Centro de Convivência dos Idosos. Não há merenda, nem atendimento médico", atacou. 


O ex-prefeito contou que o comprador do posto de gasolina, conhecido como Danillo Rocha Ferreira de Moura, trabalhava como cargo de confiança do prefeito, recebia R$ 933,00, e deu R$ 300 mil de entrada na suposta compra do posto, dividindo o restante em parcelas para serem quitadas no início deste ano. Danilo Rocha também era amigo do prefeito e morava na casa dele, na rua Cleto Campelo, número 54, e há documentos em seu nome divulgados pela oposição.
 
Oposição diz ter documentos mostram que
parte do terreno foi pago à vista

Edimilson da Bahia procurou a reportagem e negou qualquer envolvimento na negociação do posto. Ele admitiu que Danillo morava em sua casa, porque era de Palmeirina, município próximo, mas que tentou comprar o posto e não conseguiu. "Eu não tenho nada a ver com isso. O proprietário (Jaime Vergetti) cancelou a negociação de forma amigável, porque ele (Danillo) não tinha dinheiro para pagar". 

Fonte: Diário de Pernambuco.

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