terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Teotonio Vilela, governador de Alagoas, desiste de candidatura ao Senado


O governador de Alagoas Teotonio Vilela Filho (PSDB) anunciou nesta segunda-feira, em entrevista coletiva, que desistiu de concorrer à única vaga no Senado do estado a ser disputada nas eleições deste ano. Devem concorrer ao cargo os pré-candidatos Fernando Collor (PTB) - à reeleição - e a vereadora Heloísa Helena (PSOL).

"A minha decisão foi de não disputar nenhum cargo e entregar o estado com todos os projetos executados. Vou acompanhar tudo até o final", disse Vilela.

A decisão ocorre após pressão do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), e de Collor. Eles são apontados pelo governo como os responsáveis por uma onda de desgaste na administração. Há três semanas, pesquisa CNI/Ibope apontou Vilela como o sétimo pior gestor do Brasil, em meio a uma ameaça de greve dos policiais militares. Além disso, o estado tem os piores resultados do país no Pisa, avaliação internacional sobre a qualidade da educação.

Alagoas ainda encerrou 2013 com mais de dois mil assassinatos, mesmo sob um plano de segurança federal - o Brasil Mais Seguro -, que opera em caráter experimental.

Há também pressão interna para que Vilela decidisse seu destino político, facilitando as costuras partidárias da base tucana em Alagoas.

"Isso não significa que estou saindo da política, apenas quero acompanhar o andamento do meu último ano de mandato mais de perto", justificou Vilela.

O palanque tucano em Alagoas é o único do PSDB no Nordeste. Em mensagem distribuída à imprensa, o PSDB alagoano apoiou a decisão do governador:

"O PSDB Alagoas, em nome de todos os filiados e integrantes do Partido, demonstra total apoio à decisão do nosso presidente de honra e governador por Alagoas, Teotonio Vilela Filho, de concluir o seu segundo mandato como governador e não disputar as próximas eleições", diz a nota.

Cotado para assumir o Governo em abril - com a renúncia de Vilela, o vice José Thomáz Nonô (DEM) falou sobre o assunto:

"Eu já estava ciente da decisão. Acho que o governador deixa de ser um grande candidato para ser um grande eleitor. Eu acho que ele fez a leitura de que é melhor voltar para a família ficar no governo para ver concretizar boa parte dos projetos. Claro que a posição do governador agora é a de condutor deste processo político, que determinará o bloco do qual ele faz parte", disse.

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