quarta-feira, 2 de outubro de 2013

COLUNA ENSAIO GERAL: A BOINA

Crônicas de Bom Conselho
Por: Alexandre Tenório


Em 1979 foi o ano que eu passei no vestibular de Medicina Veterinária, logo após ter passado no vestibular, fui passar uns dias em Águas Belas, pois meu primo Dr. Daniel Brasileiro estava trabalhando lá.
Em pouco tempo fiz amizade com muita gente. Fazíamos as refeições na “hospedaria Guarani” que tinha como proprietária dona Zulmira que era avó do nosso amigo Valter protético.
Num dia de quarta-feira fui com Daniel para Garanhuns, depois de resolvermos o que tínhamos para resolver, fomos ao BAR DA GALINHA, famoso reduto dos boêmios de Garanhuns, chegando lá, fomos muito bem recebido pelo seu proprietário Toinho, lá encontramos Vavá Jacinto (in memoriam), e começamos uma grande farra, o garçom que nos atendia era Penha, que nas horas vagas era juiz de futebol da liga de Garanhuns. Penha naquela época deveria ter uns 45 anos, era careca, com estatura baixa, cor branca, e era afeminado. Penha era uma figura conhecidíssima em Garanhuns, era como o nosso amigo Noé em Bom Conselho.
Pois bem, a farra foi se prolongando e quando nós saímos do Bar da Galinha já era na boquinha da noite. Eu tinha apenas 17 anos, não aquentava muita bebida, e fui escornado no banco de trás do carro. Depois que nós descemos a SERRA DOS VENTOS, eu acordei, e dei por falta da minha boina, eu tinha o maior ciúme da boina, pois era ela, que dizia qual curso que eu tinha passado, além do mais, tinha sido pintada pelo meu grande amigo Zé Bias.
Perguntei por ela e Daniel disse que tinha ficado no Bar da Galinha, então eu disse – temos de voltar para pegar a boina – Daniel prontamente disse que depois a gente pegava – pois já era tarde e não tinha como voltar. A falta da minha boina me deu uma tristeza maior do mundo.

Soubemos que no outro dia, Penha estava desfilando na Avenida Santo Antônio com minha boina e as pessoas perguntando se ele tinha passado no vestibular de Medicina Veterinária ah ah ah

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