Exposição excessiva ao sol é a principal causa do câncer de pele. A doença corresponde a cerca de 30% de todos os tumores malignos registrados no Brasil.
Com o final do ano chegando, vem o verão e,
também, o período de férias de muitas famílias. Por isso, deve ser grande
a quantidade de pessoas nas praias, clubes e parques, aumentando a exposição ao
principal fator de risco para o câncer de pele – o sol. A doença é o câncer
mais frequente em ambos os sexos, devendo acometer, ainda em 2020, 83.770 em
homens e 93.160 em mulheres, representando 30% de todos os tumores malignos
registrados no Brasil, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA).
Somente no Hospital de Câncer de Pernambuco (HCP), em 2019, 708 pessoas foram
atendidas no serviço de dermatologia. Por isso, aos 75 anos de história, o HCP
entra mais uma vez no Dezembro Laranja e lança a campanha “Prevenção é
proteção. Previna sua família do câncer de pele. Lembre-se do protetor solar”,
para estimular o cuidado com esse tipo de tumor desde cedo e em qualquer
ocasião. O alerta pode ser conferido nas redes sociais @sigahcp e no site hcp.org.br.
A doença é mais comum em pessoas de pele clara
acima dos 40 anos, com exceção daquelas já portadoras de doenças cutâneas.
Porém, esse perfil de idade vem se modificando com a constante exposição dos
jovens aos raios solares. “Nós estamos diariamente expostos ao sol, seja na
rua, ou até mesmo, dentro da nossa própria casa. Vivemos em um país tropical e
próximo ao litoral, precisamos proteger nossa pele sempre. No caso da
pele branca é recomendável que se utilize o protetor solar fator 30, repetindo
a cada duas ou três horas. Já para peles pretas/negras ou marrons/pardas, o
fator 15 é suficiente, mas, também deve ser reaplicado em intervalos curtos”,
destaca a dermatologista do Hospital de Câncer de Pernambuco, dra. Mecciene
Mendes.
O câncer de pele é um tumor maligno provocado pela
multiplicação desordenada de células da região da pele e se apresenta em dois
tipos, o câncer de pele melanoma e não melanoma (carcinoma basocelular e o
carcinoma epidermóide). O primeiro é o mais agressivo dos dois, devido sua alta
probabilidade de provocar metástases (disseminação para outros órgãos), mas
também o mais raro deles, correspondendo a 3% das neoplasias malignas da pele -
são lesões elevadas ou planas, mas, em geral, novos sinais que crescem, mudam
de cor ou formato e já podem apresentar sangramento. Localizam-se em pele
exposta ao sol ou são sinais antigos que apresentam as mesmas alterações. Pode
aparecer em qualquer parte do corpo, sendo mais frequente na região do tronco,
no caso dos homens; e nas pernas, no caso das mulheres. Os principais sintomas
do câncer de pele são lesões ulceradas e/ou caroços, com ou sem escamas que
sangram, aparecimento de manchas escuras, com bordas irregulares ou mudança em
uma mancha já existente. Ainda pode incluir sangramento e a não cicatrização da
área.
As localizações mais comuns são as áreas expostas
ao sol, como careca, rosto, pescoço e braços. “Além da exposição frequente ao
sol, a cor da pele é um dos principais fatores de risco. Pessoas de pele
branca, ruivas, olhos e cabelos claros têm mais chance de ter o câncer de
pele”, destaca a médica. Nos dois casos, sendo detectado precocemente, o câncer
de pele tem 90% de chances de cura.
Para a prevenção de todos esses cânceres da pele,
a recomendação principal é evitar a exposição prolongada ao sol, especialmente
no horário das 9h às 15h, e para pessoas cujas atividades profissionais são
desenvolvidas nesses horários, usar sempre protetor solar e acessórios como
chapéus e camisas com proteção UV.
Ainda segundo o INCA, no Brasil, o número de casos
novos de câncer de pele não melanoma esperados, para cada ano do triênio
2020-2022, será de 83.770 em homens e de 93.160 em mulheres, correspondendo a
um risco estimado de 80,12 casos novos a cada 100 mil homens e 86,65 casos
novos a cada 100 mil mulheres. Quanto ao câncer de pele melanoma, o número de
casos novos estimados será de 4.200 em homens e de 4.250 em mulheres. Esses
valores correspondem a um risco estimado de 4,03 casos novos a cada 100 mil
homens e 3,94 para cada 100 mil mulheres.
Sobre o HCP: O Hospital de Câncer de Pernambuco
(HCP) tem 75 anos e é uma instituição privada e sem fins lucrativos, que se
dedica ao diagnóstico e tratamento de pacientes oncológicos por meio do Sistema
único de Saúde – SUS. Por ser uma instituição filantrópica, o HCP conta com
doações contínuas de pessoas físicas e jurídicas para manter a qualidade no
atendimento aos pacientes. Esses recursos são utilizados no custeio, na
modernização do parque tecnológico e nas instalações físicas do hospital. Além
disso, são direcionados para complementar o custo do tratamento dos pacientes.
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