A
Organização Mundial da Saúde (OMS) considera que a dependência em drogas
lícitas ou ilícitas é uma doença. O uso indevido de substâncias como álcool,
cigarro, crack e cocaína é um problema de saúde pública de ordem internacional
que preocupa nações do mundo inteiro, pois afeta valores culturais, sociais,
econômicos e políticos.
O alcoolismo é uma doença crônica, com aspectos
comportamentais e socioeconômicos, caracterizada pelo consumo compulsivo de
álcool, na qual o usuário se torna progressivamente tolerante à intoxicação
produzida pela droga e desenvolve sinais e sintomas de abstinência, quando a
mesma é retirada. Além da já reconhecida predisposição genética para a
dependência, outros fatores podem estar associados: ansiedade, angústia,
insegurança, fácil acesso ao álcool e condições culturais.
Maconha
O
uso crônico de maconha está associado a problemas respiratórios, já que a
fumaça é muito irritante e seu teor de alcatrão é muito alto, além de conter
benzopireno, substância cancerígena. As conseqüências do uso da maconha são
semelhantes aos do tabaco: hipertensão, asma, bronquite, cânceres, doenças
cardíacas e doenças crônicas obstrutivas aéreas. No caso de pessoas com
transtornos psicóticos (pré-existentes) pode ocorrer um agravamento do quadro,
como a esquizofrenia, exigindo assim mudanças no tratamento da doença
psiquiátrica. O uso regular acarreta problemas cognitivos como: comprometimento
do rendimento intelectual, perda de memória e na habilidade de resolver
problemas. A abstinência é caracterizada por: ansiedade, insônia, perda de
apetite, tremor das mãos, sudorese, reflexos aumentados, bocejos e humor
deprimido.
Cocaína
A cocaína é uma substância psico-estimulante que é consumida
de diferentes formas: aspirada, via intravenosa ou fumada (crack). O consumo da
cocaína em grande parte dos usuários aumenta progressivamente, sendo necessário
consumir maiores quantidades da substância para atingir o efeito desejado. No
Brasil, a cocaína é a substância mais utilizada pelos usuários de drogas
injetáveis. Muitas dessas pessoas compartilham agulhas e seringas e expõem-se
ao contágio de várias doenças como hepatite e Aids.
Crack
O crack é resultante da mistura de cocaína, bicarbonato de
sódio ou amônia e água destilada, resultando em grãos que são fumados em
cachimbos. O consumo do crack é maior que o da cocaína, pois é mais barato e
seus efeitos duram menos. Além disso, tem terrível ação sobre o sistema nervoso
central e cardíaco.
Anfetaminas
São drogas sintéticas de efeito estimulante do sistema
nervoso central e só podem ser comercializadas sob prescrição médica. Um
tipo de anfetamina ilícita não encontrada em farmácias é a droga conhecida por
êxtase, que provoca dependência fazendo com que o usuário tenha de consumir
maiores quantidades de comprimidos para obter os mesmos efeitos. O uso indevido
e prolongado pode provocar alterações psíquicas, lesões cerebrais e aumento do
risco de convulsões e overdose.
Calmantes e sedativos
Os medicamentos capazes de diminuir a atividade do cérebro
são chamados de sedativos, já os que são capazes de diminuir a dor são conhecidos
como analgésicos. Os hipnóticos ou soníferos são os sedativos capazes de
afastar a insônia, já os ansiolíticos têm o poder de atuar sobre estados
exagerados de ansiedade.
Tratamento
Quem necessita de tratamento no SUS devido ao abuso de
álcool e outras drogas deve procurar as Unidades Básicas de Saúde (UBS), os
Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) e os Centros de Atenção Psicossocial
Álcool e Drogas III (CAPS AD). O atendimento conta com equipes
multiprofissionais compostas por médico psiquiatra, clínico geral, psicólogos,
dentre outros.
Prevenção
É muito difícil convencer alguém a não fazer algo que lhe dê
prazer; drogas e álcool, antes de qualquer outra coisa, oferecem prazer
imediato, e por causarem dependência física, psicológica e síndrome de abstinência
são de difícil tratamento. As ações preventivas devem ser planejadas e
direcionadas para o desenvolvimento humano, o incentivo à educação, à prática
de esportes, à cultura, ao lazer e a socialização do conhecimento sobre drogas,
com embasamento científico.
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