Eu escrevi sobre os 15 homens mais
importantes de nossa cidade no século XX.Porém devo admitir que esqueci um nome
importante que deve constar nesta lista. Portanto a lista passara de 15 para 16
nomes.
Odilon Tenório Cordeiro, filho natural
de Bom Conselho, foi uma das pessoas mais inteligente que eu conheci,
principalmente por ele só ter estudado até a 4º série primária. Seu Tenorinho
como era conhecido, tem hoje o seu nome dado ao PARQUE INDUSTRIAL DE NOSSA
CIDADE. Na década de 30 ele juntamente com meu tio Gervásio Pires, fundaram um
jornal muito importante para a época “O PROGRESSO”.
Seu Tenorinho além de ter um
conhecimento muito vasto sobre história e geografia, era um bom matemático. Foi
ele o construtor da ERMIDA DE SANTA TEREZINHA, foi também o construtor da PONTE
DO COLÉGIO (DEPOIS QUE ELA FOI LEVADA POR UMA GRANDE CHUVA), foi o construtor
da PONTE DA BARRA DO BREJO (que resistiu a uma grande enchente que levou metade
do distrito).
Ele foi uma pessoa muito importante na
minha vida, pois com ele aprendi muito sobre história e geografia.Ele
frequentava a loja do meu avô seu “José Correntão” e nós fizemos uma grande
amizade, embora a diferença de idade fosse enorme, eu passei a gosta e admirar
aquele senhor, e ele passou a considerar eu como seu discípulo.
Seu Tenorinho numa luta grande, pois
não era uma pessoa rica, formou todos os seus filhos: em medicina, engenharia,
professor etc. Para formar os seus filhos teve de sair de nossa cidade e ir morar
em Recife, porém todo mês vinha para Bom Conselho e a loja do meu avô era seu
paradeiro certo como já disse anteriormente. Morreu com mais de 90 anos, lucido
e com a sua inteligência intacta. É enterrado em nossa cidade e sem sombra de
dúvida ele foi um dos grandes nomes da construção civil em
nossa cidade. Um dia ele me confessou, que na construção da ERMIDA DE SANTA
TEREZINHA, o seu desafio maior, foi colocar a cruz no alto da ERMIDA, pois
ventava muito e era muito perigoso.
Seu Tenorinho de estatura alta, magro,
cor branca, cabelos precocemente brancos, andava sempre de paletó, e dentro do
paletó ele carregava uma tesoura grande, que era para se defender dos
malandros. Quando ia tirar o
dinheiro da aposentadoria no banco, ia vestido como um mendigo, para não
despertar suspeita, e assim chegou aos 90 anos sem ser assaltado em Recife. Um
grande homem, um grande bom-conselhense.
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