terça-feira, 21 de maio de 2019

A Importância do Professor e Maestro Zé Puluca na Cultura Carnavalesca




Por: José Roberto Pereira

Antes de entrar no tema sobre a importância do Maestro José Duarte Tenório (o Zé Puluca) não só sobre sua cultura carnavalesca como educador, vamos saber sobre o que representa Pernambuco para cultura nacional. Recife, nossa capital, e pela posição geográfica privilegiada junto à Europa recebia o que havia de moderno no antigo continente e era absorvido em nossa sociedade. Pernambuco das revoluções libertárias, do início da unidade nacional, como pátria, com as memoráveis Batalhas dos Guararapes onde expulsamos o invasor Batavo. Aqui também nasceu nosso nativismo cultural e religioso com a chegada dos primeiros negros em território nacional em 1537 com o Donatário Duarte Coelho Pereira. Só de ritmos em Pernambuco são mais de 16, desde os Caboclinhos até o Frevo.
Apesar de toda esta história e por culpa dos nossos gestores (prefeitos e governadores) e do Poder Legislativo, somos um povo sem nativismo e exemplos não faltam:

1 - Não temos, por falta de lei, a obrigatoriedade da história de Pernambuco na grade curricular, como também, a falta do ensino da história municipal em cada cidade.Como pode você nascer no município e não conhecer sua história, sua geografia, seus valores culturais?

2 - Falta amor nativista em nossos governantes.Quantas SecretariasMunicipais de Cultura existem em Pernambuco?

Nosso frevo é PATRIMÔNIO CULTURAL DA HUMANIDADE, de acordo com a UNESCO, e este título não é valorizado. Na contramão dessa história cultural e de resgate, nasce em Bom Conselho, no Agreste Meridional do Estado de Pernambuco a Associação dos Músicos Amadores de Bom Conselho - AMABC, a qual sob a Presidência do Sr. Carlos Alberto Pereira de Oliveira, iniciou em nosso município o resgate da nossa história, homenageando nossos personagens vivos e falecidos, mas, que tem história e serviços prestados em nossa terra através de bonecos gigantes. Aqui em Bom Conselho não existe boneco do Homem da Madrugada, Mulher do Guarda-chuva, Menino do Amanhecer. Aqui existe homenagem de boneco gigante aos seus filhos, dos quais se destaca o maestro, músico, compositor e professor José Duarte Tenório o saudoso Zé Puluca. Este maestro deixou um acervo de frevos inéditos, frevos do nível de um Capiba, de um Maestro Nélson Ferreira, de um Getúlio Cavalcante, de um Antônio Carlos Nóbrega, dentre outros.

O problema é que nosso Pernambuco só valoriza os movimentos culturais do Recife e grande Recife em detrimento da nossa cultura interiorana onde em cada município tem seus valores culturais e não são valorizados, pois não existe uma política cultural voltada para os folguedos do interior. Dos 185 municípios pernambucanos poucos se destacam. Por que não existe um festival músico/cultural em Recife a exemplo da FENEARTE que é voltada para o artesanato? Com certeza grandes valores musicais iriam se destacar, como nos festivais passados. Falta pernambucanidade, falta uma política de governo voltada para o resgate cultural em cada município pernambucano.

Hoje a AMABC luta junto aos parlamentares pernambucanos para transformar o Carnaval de Zé Puluca em Patrimônio Cultural Pernambucano. Senhores e Senhoras parlamentares não é só o Maestro José Duarte Tenório, o Zé Puluca, que merece este título. Quantos movimentos culturais existem em Pernambuco, em cada município, completamente desconhecidos? Falta convênio entre Governo de Estado e Prefeituras para um levantamento completo da cultura de raiz em Pernambuco, um resgate da sua história.

Pernambuco com certeza e defendendo nossas tradições históricas têm o Parlamento Nativista. Pernambuco e Zé Puluca, imortais! imortais!

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