O
Vaticano confirmou a data da próxima exposição do Santo Sudário, uma das mais
valiosas relíquias cristãs. O pano que serviu de mortalha para o corpo de Jesus
Cristo no sepulcro, segundo a Bíblia, poderá ser visto pelo público no Duomo de
Turim, na Itália, de 19 de abril a 24 de junho.
As
exibições do Santo Sudário são raríssimas. Desde que chegou a cidade de Turim,
no século XVI, o manto foi exposto à visitação em dez ocasiões apenas. A
última, ocorrida em 2010, atraiu 2,5 milhões de pessoas pelo período de um mês.
O
Santo Sudário é um símbolo extraordinário de fé. O pano de linho de quase 4,5
metros de altura e 1,5 metro de largura guarda para os crentes as marcas do
corpo de Jesus Cristo depois da crucificação. Há sinais dos ferimentos no peito
que seriam correspondentes às pontas das lanças romanas. Há marcas de
machucados que remontam a pequenos halteres - de acordo com os estudiosos,
trata-se da flagelação praticada pelos romanos em casos de castigo severo. Há
referências também da coroa de espinhos.
Ao
longo dos séculos, a autenticidade do tecido foi estudada pelo menos uma dezena
de vezes. Nunca houve um veredicto final. O trabalho mais recente resultou no
livro O Sinal, do historiador de arte inglês Thomas de Wesselow. No Brasil, ele
foi publicado em 2012, pela Cia. das Letras. Depois exaustivas pesquisas,
Wesselow chegou a uma conclusão interessante: se não é possível provar que o
manto de Turim é a mortalha do corpo de Cristo, também não existem provas
conclusivas de que não seja.
Para
os apóstolos, o sudário era prova da Ressurreição de Cristo, o sustentáculo da
fé cristã. A ressurreição é o significado do domingo de Páscoa. O Vaticano,
porém, trata o Santo Sudário como lembrança divina, não mais que isso. Sem
alardes.
Os
papas João Paulo II e Bento XVI já apareceram em ato de veneração ao manto, uma
prática religiosa na qual se reverencia uma imagem pelo fato de ela lembrar
Deus. Francisco irá visitar o local do manto nos dias 20 e 21 de abril.
A
visitação ao Santo Sudário é gratuita. Mas é preciso agendar pela internet
(www.sindone.org). As informações do site estão em italiano, francês e em
inglês.
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