quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Papa Francisco intermediou acordo entre EUA e Cuba.


As negociações que resultaram na reaproximação de Estados Unidos e Cuba tiveram uma contribuição valiosa do papa Francisco. Em seus discursos simultâneos nesta quarta-feira, o presidente Barack Obama e o ditador Raúl Castro fizeram questão de agradecer ao pontífice por sua intermediação.
“Em particular, eu quero agradecer a sua santidade o papa Francisco, cujo exemplo moral nos mostra a importância de buscar um mundo como ele deveria ser, em vez de simplesmente se conformar com o mundo como ele é”, disse Obama em seu pronunciamento.

As conversas, que se prolongaram por dezoito meses, tiveram um momento crucial em meados deste ano, quando o papa enviou cartas a Obama e Castro fazendo um chamado para que os dois lados “resolvessem questões humanitárias de interesse comum, incluindo a situação de alguns prisioneiros, para dar início a uma nova fase nas relações”. O Vaticano também recebeu delegações dos dois países para um encontro mediado pelo cardeal Pietro Paroli, secretário de Estado.

De acordo com o The New York Times, o papel do papa nas negociações ajudou a "polir" a imagem do Vaticano como um "corretor" na diplomacia global. O jornal afirmou ainda que ação reforça a imagem de liderança de Francisco.
O restabelecimento de relações normais entre os dois países tem sido uma causa observada por vários papas, mas o tema ganhou mais importância depois que a Igreja Católica passou a ser liderada pela primeira vez por um papa de origem latino-americana.

O tema integrou a agenda da visita de Obama ao Vaticano em março deste ano, informou o jornal britânico The Guardian, lembrando que o secretário de Estado americano John Kerry encontrou seu homólogo no Vaticano no início desta semana. A narrativa oficial do Vaticano sobre o conteúdo das conversas, no entanto, foi de que elas ficaram concentradas nos esforços para fechar a prisão de Guantánamo, em Cuba.


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