Com
48 partidas em 15 dias, 136 gols e média de 2,8 gols por partida, chegou ao fim
hoje (26) a primeira fase da Copa do Mundo. Das 32 seleções do Mundial, 16
voltaram para seus países e a outra metade permanece no Brasil para os
confrontos de oitavas de final a partir de sábado (28).
Entre
os times que já voltaram para a casa está a atual campeã, a Espanha. A seleção
que conquistou o mundo com o toque de bola envolvente, paciente e que sempre
resultava em gol, perdeu o trono no primeiro jogo, contra a Holanda. A derrota
por 5 x 1 foi um golpe duro demais para os espanhóis assimilarem a tempo de uma
recuperação. Na rodada seguinte, a derrota para o Chile mandou os campeões, e
todo o futebol que eles representavam, de volta para Madrid.
Outras
quedas também chamaram a atenção. No Grupo D, cinco títulos mundiais ficaram
pelo meio do caminho. No chamado “grupo da morte” dessa Copa, Itália e
Inglaterra não conseguiram garantir a continuidade em gramados brasileiro e
astros como Balotelli, Pirlo, Buffon, Rooney e Gerrard vão voltara mais cedo
para casa e vão assistir a Copa no sofá.
O
motivo das ausências de italianos e ingleses na fase de mata-mata foi a maior
surpresa do torneio até agora: a Costa Rica. Considerada a seleção mais fraca
do grupo, passou por cima do Uruguai e da Itália com autoridade e se
classificou com uma rodada de antecipação, quatro gols marcados e apenas um
sofrido, de pênalti. A Costa Rica está em festa, e o bom time, liderado pelo
atacante Joel Campbell, tem potencial para ir além. Na próxima fase, o time da
América Central enfrentará a Grécia, estreante em oitavas de final.
E a
comemoração não é só dos costa-riquenhos. As seleções da América Latina estão
aproveitando a Copa em seu continente. Chilenos, colombianos e argentinos
protagonizaram verdadeiras invasões nos estádios e nas cidades-sede. Na lista
de classificados, estão oito seleções das Américas, cinco delas sul-americanas.
Os europeus têm seis representantes oitavas de final e os africanos,
dois.
A
primeira fase da Copa do Mundo também reuniu algumas polêmicas. Uma delas logo
na partida de abertura, quando um pênalti duvidoso marcado a favor do Brasil
despertou reações de Croatas, derrotados na partida, mas também de outras
seleções, temendo um favorecimento aos donos da casa.
Mas
a maior polêmica do Mundial até agora foi na última rodada, justamente no
“grupo da morte”, com a mordida do atacante Suárez no ombro do italiano
Chiellini. O juiz não viu, mas com tantas câmeras à beira do campo, foi difícil
negar. A mordida saiu cara para o atacante, que foi suspenso por nove
jogos e está fora da Copa.
A
partir de agora, quem perder volta para casa. Vai começar o drama da
prorrogação, dos jogadores extenuados à beira do gramado e a sempre tensa
disputa de pênaltis. A primeira partida das oitavas será disputada no sábado,
entre Brasil e Chile, no Estádio Mineirão, às 13h. No mesmo dia, às 17h, o
Uruguai enfrenta a Colômbia, no Maracanã.
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