domingo, 4 de agosto de 2013

COLUNA, DICA DE LEITURA: “O AUTO DA COMPADECIDA”

DICA DE LEITURA: “O AUTO DA COMPADECIDA


Por Fernando Chagas da Costa



Via de regra, normalmente quando vemos um livro fazer sucesso, logo temos a obra transformada para a mídia cinematográfica. E também, via de regra, quando isso acontece, ficamos com a sensação de que o livro é muito melhor que o filme.

O fato acontece, e é quase uma realidade, porque é muito difícil para o roteirista/diretor resumir tanto detalhe da obra para alguns minutos de cinema. Quem já conhece o livro fica, normalmente, decepcionado com a omissão de muita coisa ou até irritado com alterações que o roteiro promove.

E a situação inversa? Ou seja, quando assistimos a um filme ou série e gostamos muito, será que somos tentados a ler o texto original que deu origem?
O Auto da Compadecida”, com certeza, despertou esse sentimento em muita gente, quando assistiu a minissérie, apresentada pela Rede Globo, de 5 a 8 de janeiro de 1999 (já se vão 14 anos), com roteiro de Adriana Falcão, Guel Arraes e João Falcão, baseada na peça homônima de Ariano Suassuna. Posteriormente a minissérie foi apresentada no cinema, porém com cortes que a reduziram em uma hora.

O sucesso da produção global foi fantástico. Em quatro dias nos divertimos bastante, principalmente com as aventuras de João Grilo e Chicó, com interpretações maravilhosas de Matheus Nachtergaele e Selton Mello, respectivamente.  Além deles, um time de primeira complementou o elenco, entre eles, Fernanda Montenegro, Marco Nanini, Lima Duarte, o saudoso Rogério Cardoso, Diogo Vilela etc.

No próximo dia 6 de novembro, como já divulgado nesse blog, Ariano Suassuna,  autor da obra estará em Bom Conselho. Já assisti a diversas das suas palestras pela internet e uma vez ao vivo, em Maceió. É uma ótima oportunidade de assistir a sua aula espetáculo, para, além de nos deliciarmos com suas histórias, ouvirmos, “in loco”, depoimento apaixonado pelas nossas raízes culturais.

Há, inclusive, no formato de “livros para ouvir”, uma versão comercializada da obra, narrada pelo excelente artista pernambucano Antônio Nóbrega, da qual eu tenho um exemplar que me foi dado de presente pelo criador desse blog.

A dica de hoje é, para quem ainda não o fez, a leitura de “O Auto da Compadecida”, originalmente escrita em 1955, cuja primeira encenação foi em Recife, em 1956. Tenho certeza que gostarão tanto quanto a produção apresentada na telinha. Há

Boa Leitura.


(*) Fernando Chagas da Costa é funcionário do Banco do Brasil há mais de 30 anos e professor universitário da área de exatas na Faculdade de Alagoas/FAL, vinculada à Estácio de Sá, e na Faculdade de Administração e Negócios/FAN, vinculada à Fundação Getúlio Vargas/FGV

Nenhum comentário:

Postar um comentário