terça-feira, 30 de julho de 2013

A Pergunta Que Não Quer Calar! Onde Está Amarildo?


De:Publica (AGÊNCIA DE REPORTAGEM E JORNALISMO INVESTIGATIVO)
http://www.apublica.org

O Blog "O Argonauta" é um dos republicadores oficiais autorizados pela agência investigativa. 

A repórter da Pública Agência Investigativa, foi até a Rocinha para conhecer a história do pedreiro que desapareceu após ser detido portando todos os seus documentos pelos oficiais da UPP durante a Operação Paz Armada, que mobilizou 300 policiais.


Entenda o caso:
A Operação Paz Armada, que mobilizou 300 policiais, entrou na Rocinha nos dias 13 e 14 de julho para prender suspeitos sem passagem pela polícia depois de um arrastão ocorrido nas proximidades da favela. Segundo a polícia, 30 pessoas foram presas, entre elas Amarildo. Segundo uma testemunha contou à reporter Elenilce Bottari, do Globo, ele foi levado por volta das 20 horas do dia 14, portando todos os seus documentos: “Ele estava na porta da birosca, já indo para casa, quando os policiais chegaram. O Cara de Macaco (como é conhecido um dos policiais da UPP) meteu a mão no bolso dele.

Ele reclamou e mostrou os documentos. O policial fingiu que ia checar pelo rádio, mas quase que imediatamente se virou para ele e disse que o Boi tinha que ir com eles”, disse a testemunha.

Assim que soube, Bete foi à base da UPP no Parque Ecológico e chegou a ver o marido lá dentro. “Ele me olhou e disse que o policial estava com os documentos dele. Então eles disseram que já, já ele retornaria para casa e que não era para a gente esperar lá. Fomos para casa e esperamos a noite inteira. Depois, meu filho procurou o comandante, que disse que Amarildo já tinha sido liberado, mas que não dava para ver nas imagens das câmeras da UPP porque tinha ocorrido uma pane. Eles acham que pobre também é burro”, contou Bete ao Globo.

O caso está sendo investigado pelo delegado Orlando Zaccone, da 15ª DP (Gávea), ainda sem conclusão.



Neste pedaço bem pobre da Rocinha, onde ele nasceu, cresceu, viveu e desapareceu, “muitos são de nossa família”, diz Arildo, seu irmão mais velho. Depois de rejeitar entrar para o programa de proteção à testemunha - proposta do governo do Estado do Rio de Janeiro - a família não vai parar de perguntar: Onde está Amarildo?

Conheça Amarildo: http://www.apublica.org/2013/07/amarildo-presente/

(Na foto, o filho Anderson segura a vara de pescar com a qual o pai trazia comida para a família.)


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