Estudo mostra que quando há estímulo o professor
consegue atingir seus objetivos, é mais satisfeito e comprometido com seu
trabalho
Pode-se afirmar que a autoestima do educador brasileiro
não está lá essas coisas. Muitos são os gargalos na área para que isso ocorra:
salário incompatível com o nível de estresse diário da profissão, indisciplina
dos alunos, falta de incentivo e reconhecimento no ambiente de trabalho e pela
sociedade, e uma educação formal deficitária. Em uma pesquisa, realizada pela
Revista Nova Escola e reforçada por um estudo da UEL – Universidade Estadual de
Londrina, 63% dos entrevistados relatam viver em nível significativo de
estresse; 48% sentem falta de mais segurança contra a violência; 54% estão
descontentes com os benefícios, 47% com o salário e por fim, 47% com a
sobreposição de papéis (em relação às famílias dos alunos). A OCDE –
Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, em 2015, lançou uma
pesquisa realizada envolvendo 38 países, que afirma que um professor que
recebe apoio no dia a dia e é estimulado a fazer parte de uma rede de troca de
experiências com colegas é mais satisfeito e comprometido com seu trabalho,
influenciando diretamente seus alunos no momento de gestão em sala.
No início da infância um indivíduo possui contato com o
universo familiar e escolar. Nesse último é onde ele começa a conhecer outros
valores externos aos de casa. O contexto escolar traz à criança uma interação
com diferentes personagens dos que convive em casa. Inicia-se uma dinâmica de
significações e ressignificações sobre novas situações, pessoas com papéis até
então desconhecidos, objetos e comportamentos, sendo a cada uma dessas
interações, atribuídos Valores.
Partindo dessa visão, o professor possui um papel
fundamental na formação cognitiva e social de uma criança. Estando
desestimulado e com baixa autoestima, qual será a qualidade dessa relação?
A Programação Neurolinguistica, técnica de modelagem desenvolvida
por Richard Blander e John Grinder na década de 70, é uma ferramenta
extremamente útil quando aplicado na Educação. Seus conceitos e técnicas
proporcionam ao indivíduo o entendimento dos mecanismos facilitadores de
aprendizagem e como o sistema preferencial de cada um interfere na forma como é
construída a percepção de realidade. Desta forma, adapta os conteúdos para cada
universo do aluno, gerando a empatia necessária para a construção de um novo
laço.
“É importante que um Educador, quando com sua
autoestima baixa, queira mudar. E o processo de ensinamento da PNL mexe
primeiro com ele, restaurando valores já empoeirados no fundo do baú, e impacta
diretamente o universo infantil. Sair da caixa não é fácil, é necessária muita
coragem, mas pode gerar um grande resultado, refletido no mundo externo. Por
meio do aprimoramento de técnicas esses educadores com seus valores
reencontrados, disseminam e firmam os valores nos pequenos”, diz Andrea
Umbuzeiro, especialista no desenvolvimento das habilidades humanas,
Humanistic Trainer Coach IHCOS e sócia-proprietária na Engenharia de
Habilidades. “Nunca é demais lembrar que só consegue motivar quem se
conhece e utiliza boas práticas de ensino”, completa.
Avaliando todo esse cenário a Engenharia de Habilidades
desenvolveu um curso focado nesse público, o PNL para Educadores. O curso,
desenvolvido faz três anos, já formou diversos educadores e é apresentado com
ferramentas práticas e não invasivas que refletem imediatamente no desempenho
de todos os envolvidos no processo de educação. Ao participar do workshop, o
educador saberá identificar os sistemas representacionais de seus alunos e
adaptar sua comunicação verbal e não verbal na transmissão do conhecimento,
facilitando sua compreensão e inclusão no interesse pelos estudos. O reflexo é
inclusive na relação entre os alunos e o ambiente familiar, uma vez que a
melhora em seu desempenho lhe dá novas percepções da realidade.
Arlete Ribeiro, coordenadora da escola Pequeno
Príncipe, em Santos, fez o workshop e aplica a técnica em sala de aula há dois
anos. Ela acredita que o aluno aprende a aprender, não deixando lacunas no
aprendizado. Se o professor detectar a preferência sensorial de cada um no modo
de absorção do conteúdo, despertará o interesse no aluno.
A programação do curso envolve os seguintes
conhecimentos: Noções de Programação Neurolinguística, Pressupostos da PNL,
Comunicação, Feedback, Processo de Aprendizagem, Linguagem dos Sentidos,
Rapport, Níveis Neurológicos da Aprendizagem e Sistemas Representacionais.
Segundo Andrea, são ensinados instrumentos que permitem
aplicação imediata no dia a dia da sala de aula e não apenas teorias
conceituais e/ou filosóficas. Serão abordados os fundamentos e utilização
prática no cotidiano docente e nas relações de aprendizagem entre professores e
alunos. O resultado é a melhora exponencial no desempenho dos alunos,
comprovado não somente na avaliação formal, mas também na mudança de
consciência e consequentemente de postura deles.
Um dos pontos altos do Workshop é a transformação do
educador, que aplicará as práticas abordadas não apenas na relação
docente-discente, mas realinhando seus objetivos profissionais e pessoais,
destacando-se naturalmente dos que não possuem esse conhecimento.
Engenharia de Habilidades