Mal de Parkinson, doença degenerativa que causa tremores e lentidão
Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS)mostram que 1% da
população mundial com idade superior a 65 anos tem mal de Parkinson, doença
degenerativa neurológica que pode agir de maneira silenciosa. Só no Brasil,
estima-se que cerca de 200 mil pessoas sofram com o problema. A cura ainda não
foi alcançada, mas há estudos em nível experimental sobre o tratamento com
células tronco.
A doença é
causada pela deterioração de neurônios dopaminérgicos da substância negra
cerebral e também pelo comprometimento de outras regiões, como o núcleo dorsal
do vago, sistema olfatório e alguns neurônios periféricos. Fatores genéticos
também devem ser considerados, principalmente em casos precoces (antes dos 50
anos), que são mais raros.
O corpo fala – A neurologista e neurogeriatra do Hospital
Federal da Lagoa (HFL), Tamara Checcacci, diz que o mal de Parkinson
é caracterizado basicamente por tremor de repouso, tremor nas extremidades,
instabilidade postural, rigidez de articulações e lentidão nos movimentos. “Há
também outros sintomas não motores, como a diminuição do olfato, distúrbios do
sono, alteração do ritmo intestinal e depressão”, explica.
Para
diagnosticar o problema, é preciso estar atento. “A doença pode iniciar entre
10 e 15 anos antes dos sintomas se evidenciarem”, explica a médica. Quem
apresenta tremores deve procurar ajuda médica, pois eles também podem ser
causados por outros motivos e por efeito colateral de alguns medicamentos. A
constatação do problema é feita por exames neurológicos e pela avaliação do
histórico do pacientes. Inicialmente, a ressonância magnética e a tomografia
podem ser realizadas com o intuito de descartar outras doenças. Feito isso, é
hora de partir para os radiotraçadores PET e SPECT, que avaliam a função dos
neurônios dopaminérgicos.
Pensando em qualidade de vida –
Caso a doença seja constatada, o tratamento deve ser feito à base de
medicamentos. Mas para Tamara, o paciente deve se atentar também a
alternativas. “Atividade física, fisioterapia, tratamento fonoaudiológico,
suporte psicológico e familiar são essenciais”. Quando o parksoniano não
responde bem aos remédios prescritos, outra solução é a cirurgia. Tratamentos
com estimuladores cerebrais profundos também têm sido promissores, segundo a
neurologista.
Fonte: Larissa Domingues / Comunicação
Interna do Ministério da Saúde