sexta-feira, 9 de agosto de 2019

Economia de Pernambuco continua em declínio.


Francisco Alexandre
 
Piúta
               É do conhecimento popular que a economia de Pernambuco esteve por mais de três séculos entre as maiores do país. Contudo, entramos em declínio a partir de 3º quarto do século XIX, por volta dos anos 1880. Se em 1940 nós representávamos 4,5% do PIB nacional, em 1960 esse número caia para 3,5%.

               Esta semana foi divulgado estudo realizado pelo economista Mauro Osório no jornal “O Globo” abrangendo um período de 32 anos. Os dados mostram que o nosso Estado continuou diminuindo a sua participação no PIB nacional. Entre 1970 e 2017 passamos de uma participação de 2,9% em 1970 para 2,67% em 2017, ou seja, diminuímos 8,3% o PIB relativo do Estado no período.

Enquanto isso, estados como o Rio Grande do norte cresceu 76%, passando de 0,54% do PIB para 0,95% eo Ceará cresceu 53%, passando de 1,44% para 2,21% do PIB nacional.Apenas o Estado de Pernambuco reduziu a participação no PIB nacional entre os Estados do Nordeste.O desempenho da economia abaixo dos outros estados da região também contribuiu para diminuição da nossa importância relativa na região. Passamos de 27% de participação no PIB do Nordeste em 1970, para 20,6% em 2017.
Os números são preocupantes. O salto que se pretendia com iniciativas como a consolidação do Porto de Suape, a Construção de uma Refinaria, a vinda da indústria automobilística e outras grandes empresas até agora não surtiu o efeito desejado. Fato que que pode ser explicado pela crise que o país vive desde 2015, ou ainda, por concessão de incentivos para além das possibilidades do Estado na atração de novos empreendimentos,ao ponto de não adicionar recursos novos para as ações de fomento em regiões carentes do Estado.

Benefícios fiscais são uma alavanca atrair empresas e fazer o mercado de trabalho e a economia cresceram e gerar renda para as pessoas, mas se concedidos ao ponto de não haver tributos para o caixa do Estado, pode não ser boa estratégia. Nesses casos,o Estado fica apenas comas obrigações de viabilizar infraestrutura, saneamento, segurança, entre outras obras para atender a expectativa de quem decide se instalar no Estado.

A esperança é que o Estado voltar a crescer. Mas, por enquanto, os dados não apontam nesse sentido. Pernambuco, que já figurou entre as maiores economia do país, continua estagnado a espera ações e políticas capazes fazer o Estado voltar a crescer e forma sustentável.

Francisco Alexandre - Piúta

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