Os medicamentos vão ficar mais caros em todo o País a
partir do próximo dia 31. Segundo a Associação da Indústria Farmacêutica de
Pesquisa (Interfarma), o aumento anual nos preços deve ser de até 12,5%. Se
confirmado, o reajuste vai superar a inflação (de 10,67%, em 2015) pela
primeira vez em dez anos.
A base de cálculo para o reajuste de medicamentos é o
Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que acumula alta de
10,36% em 12 meses até fevereiro. O governo, no entanto, ainda não divulgou oficialmente
de quanto será o aumento, pois o processo está em consulta pública. Para quem
depende de medicamentos de uso contínuo, ou mesmo para consumidores pontuais, a
orientação é buscar maneiras de economizar, principalmente quando se trata de
remédios de alto custo. Confira abaixo algumas formas de pagar menos ou nada:
Programa de fidelização de laboratórios
Para incentivar a adesão a tratamentos que envolvem
medicamentos de uso contínuo, grandes laboratórios desenvolveram planos de
fidelidade que oferecem descontos em farmácias conveniadas. No caso da Bayer,
contraceptivos orais podem custar de 20% a 46% menos para pacientes que se
cadastrarem no site informando o nome, CPF, endereço e dados da receita médica.
Sob as mesmas condições, comprar medicamentos para hipertensão, colesterol ou
sintomas ligados à depressão pode custar até 65% menos.
Comparativo de preços
Já existem sites que funcionam como verdadeiros
catálogos de consulta de preços de medicamentos. Em portais como o Clique Farma
(www.cliquefarma.com.br) há indicações de farmácias onde o consumidor pode
encontrar o preço mais em conta, ou mesmo sugestões de marcas similares. Já no
Mais Preço (www.maispreco.com) é possível buscar pela substância ou princípio
ativo e saber onde encontrá-los.
Subsídios do governo
O anúncio "Aqui Tem Farmácia Popular" em
algumas redes indica que, no local, é possível comprar 112 tipos de remédios
com até 90% de desconto. O programa, implementado pelo Ministério da Saúde,
disponibiliza medicamentos analgésicos, anti-inflamatórios, antibióticos e
outras opções de drogas mais consumidas. Para retirar os medicamentos é preciso
apresentar documento de identidade com foto, CPF e receita médica.
Medicamentos gratuitos
Pelo Sistema Único de Saúde (SUS) é possível retirar,
de forma gratuita e com receita médica, remédios de uso continuado ou de alto
custo. A lista é disponibilizada pelo Ministério da Saúde. O programa
"Saúde Não Tem Preço" distribui remédios para asma, hipertensão e
diabetes. Para retirar, basta procurar redes credenciadas pela Farmácia
Popular.
Genéricos
A aprovação do uso de medicamentos genéricos trouxe para
o mercado cópias idênticas em formato, composição química, dosagem posologia e
indicação de remédios produzidos por grandes laboratórios. De acordo com a
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o medicamento genérico deve
ser, no mínimo, 35% mais barato do que o convencional.
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