Francisco Alexandre Piúta |
É
do conhecimento popular que a economia de Pernambuco esteve por mais de três
séculos entre as maiores do país. Contudo, entramos em declínio a partir de 3º
quarto do século XIX, por volta dos anos 1880. Se em 1940 nós representávamos
4,5% do PIB nacional, em 1960 esse número caia para 3,5%.
Esta
semana foi divulgado estudo realizado pelo economista Mauro Osório no jornal “O
Globo” abrangendo um período de 32 anos. Os dados mostram que o nosso Estado
continuou diminuindo a sua participação no PIB nacional. Entre 1970 e 2017
passamos de uma participação de 2,9% em 1970 para 2,67% em 2017, ou seja,
diminuímos 8,3% o PIB relativo do Estado no período.
Enquanto isso,
estados como o Rio Grande do norte cresceu 76%, passando de 0,54% do PIB para
0,95% eo Ceará cresceu 53%, passando de 1,44% para 2,21% do PIB nacional.Apenas
o Estado de Pernambuco reduziu a participação no PIB nacional entre os Estados
do Nordeste.O desempenho da economia abaixo dos outros estados da região também
contribuiu para diminuição da nossa importância relativa na região. Passamos de
27% de participação no PIB do Nordeste em 1970, para 20,6% em 2017.
Os números são
preocupantes. O salto que se pretendia com iniciativas como a consolidação do Porto
de Suape, a Construção de uma Refinaria, a vinda da indústria automobilística e
outras grandes empresas até agora não surtiu o efeito desejado. Fato que que
pode ser explicado pela crise que o país vive desde 2015, ou ainda, por
concessão de incentivos para além das possibilidades do Estado na atração de novos
empreendimentos,ao ponto de não adicionar recursos novos para as ações de
fomento em regiões carentes do Estado.
Benefícios
fiscais são uma alavanca atrair empresas e fazer o mercado de trabalho e a economia
cresceram e gerar renda para as pessoas, mas se concedidos ao ponto de não
haver tributos para o caixa do Estado, pode não ser boa estratégia. Nesses
casos,o Estado fica apenas comas obrigações de viabilizar infraestrutura,
saneamento, segurança, entre outras obras para atender a expectativa de quem decide
se instalar no Estado.
A esperança é que
o Estado voltar a crescer. Mas, por enquanto, os dados não apontam nesse
sentido. Pernambuco, que já figurou entre as maiores economia do país, continua
estagnado a espera ações e políticas capazes fazer o Estado voltar a crescer e
forma sustentável.
Francisco Alexandre - Piúta