Decisão de adotar Bandeira Verde foi tomada em reunião extraordinária do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE).
O
ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, anunciou duas boas notícias na
noite desta quinta-feira (25/2). Em março, serão desligadas 22 usinas
termelétricas, 15 a mais que as sete usinas anunciadas no início do mês; e a
partir de abril, será implantada a bandeira verde, com o desligamento de mais
usinas termelétricas, o que permitirá que as contas de luz relativas ao consumo
de abril sejam entregues sem a cobrança da taxa extra.
"Estamos
garantindo que teremos bandeira verde em abril. Portanto, não teremos mais ônus
de bandeira para o consumidor", disse o ministro. Ele informou que a
decisão tornou-se possível devido ao ingresso de novas usinas, de diversas
fontes, à melhoria da situação dos reservatórios hidrelétricos, e do
comportamento estável do consumo em todo o país. “A economia adicional para o
setor elétrico deve chegar a R$ 8 bilhões no ano”, afirmou o ministro,
referindo-se apenas às 15 usinas anunciadas hoje, que somam 3 mil MW. No total,
as 22 usinas que serão desligadas na próxima semana somarão 5 mil MW e trarão
economia de R$ 10 bilhões ao ano (incluídas as 7 usinas já anunciadas, com
capacidade de 2 mil MW e economia de R$ 2 bilhões ao ano ao sistema elétrico).
Março
será a segunda vez em que haverá desligamento de térmicas mais caras, com
reflexo de redução nos valores da conta de luz. A primeira redução ocorreu em
agosto de 2015, quando foram retiradas do despacho de base as térmicas com o
custo unitário acima de R$ 600/ MWh, o que permitiu redução da bandeira
tarifária vermelha de R$ 5,50 para R$ 4,50 a cada 100 kilowatts-hora (kWh). Em
janeiro, a Aneel reestruturou as bandeiras tarifárias e fixou para fevereiro
uma bandeira vermelha de R$ 3,00 a cada 100 kWh.