Chegou
a 5,5 milhões o número de crianças e adolescentes que estavam sem atividades
escolares ou fora da escola em outubro do ano passado, no Brasil. É o que
aponta uma pesquisa do Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) e do
Instituto Claro, divulgada nesta quinta-feira (29), no Rio de Janeiro.
Segundo
o estudo, a pandemia da Covid-19 agravou as desigualdades que afetam estudantes
vulneráveis e se refletem na reprovação, distorção idade-série e abandono
escolar. Entre os mais afetados, de acordo com o levantamento, estão os
meninos, negros, indígenas, estudantes com deficiência e moradores de áreas
rurais ou das regiões Norte e Nordeste do País.
Os
dados extraídos da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do IBGE
(Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) apontam que 1,38 milhão de
alunos de 6 a 17 anos não participaram de aulas presenciais ou remotas em outubro
do ano passado. Além disso, daqueles que declararam ter frequentado as aulas,
mesmo que remotamente, 4,12 milhões disseram que não tiveram acesso às
atividades escolares, totalizando 5,5 milhões de estudantes.