A Bancada de
Oposição na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) realiza, nesta
quinta-feira (25), às 10h, audiência pública para discutir o crescimento da
criminalidade no Estado e o Pacto pela Vida, com a participação dos secretários
AngeloGioia (Defesa Social), Pedro Eurico (Justiça), o procurador-geral do
Estado, César Caúla, o procurador-geral de Justiça, Francisco Dirceu, o
comandante da Polícia Militar, Cel. Vanildo Neves, e o chefe da Polícia Civil,
Joselito Kehrle do Amaral, além do sociólogo José Luiz Ratton, idealizador do
Pacto pela Vida, e de representantes de sindicatos e associações ligadas aos agentes
de segurança.
Nos primeiros
quatro meses deste ano, Pernambuco registrou os maiores índices de
criminalidade de todo o Pacto pela Vida. Ao todo, entre janeiro e abril deste
ano foram cometidos 2.037 assassinatos, 45% a mais que no mesmo período do ano
passado. Nos primeiros quatro meses do ano também foram cometidos 41.346 crimes
violentos contra o patrimônio (roubos e assaltos), 10.549 atos violência
doméstica contra a mulher e 515 estupros.
Desde o primeiro
semestre de 2015, a Bancada de Oposição vem chamando a atenção para o
crescimento da violência em Pernambuco. Naquele ano, o Estado registrou 3.889
casos de homicídios, confirmando a tendência de aumento da criminalidade.
“Desde 2014 estamos registrando crescimentos sucessivos no número de assassinados,
assaltos a ônibus, explosões de caixas eletrônicos, roubos de veículos e
violência contra a mulher. E, infelizmente, o que observamos é a completa falta
de reação do Governo do Estado”, avalia o deputado Silvio Costa Filho (PRB),
autor da proposta de realização da audiência pública.
Silvio destaca a
necessidade de uma ampla discussão, com toda a sociedade, sobre o resgate das
bases do Pacto pela Vida. “Os especialistas em segurança, como o próprio
professor Luiz Ratton, avaliam que o Pacto pela Vida faliu. Precisamos resgatar
as bases do programa, sobretudo a transparência e o diálogo com a sociedade.
Essa audiência é uma oportunidade de avançarmos nesse tema, já que o Governo
respondeu com o silêncio todas as sugestões de diálogo que apresentamos”, destacou.