Operação busca integrantes de facções
criminosas em 15 unidades da federação .
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Marcelo Torres Izidorio (Integrante PCC) Preso em Bom Conselho |
O Grupo Nacional de Combate às Organizações
Criminosas (GNOC), criado para combater o crime organizado no país, coordena
uma megaoperação contra integrantes de facções criminosas em 15 unidades da
federação nesta terça-feira (4). Dez Grupos de Atuação Especial Contra o Crime
Organizado (GAECOs) do Ministério Público participam da operação.
A ação cumpre 266 mandados de prisão e 203
de busca e apreensão no Acre, Alagoas, Distrito Federal, Espírito Santo,
Goiás, Mato Grosso do Sul, Pernambuco, Paraíba, Paraná, Rio de Janeiro,
Roraima, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins. Até as 9h40,
não haviam divulgado o número de pessoas presas.
Os alvos são integrantes das facções
criminosas: Primeiro Comando da Capital (PCC), de origem paulista, das cariocas
Comando Vermelho (CV), Terceiro Comando Puro (TCP) e Amigo dos Amigos (ADA), da
capixaba Primeiro Comando de Vitória (PCV) e da paraibana OKAIDA RB, uma
dissidência da OKAIDA.
Em Bom Conselho, por volta das 05:00h a Polícia Militar da 3ª CPM-Bom Conselho, em apoio ao efetivo do Pelopes/PMAL,
NIAZM-3 e GAECO em cumprimento de mandado de prisão e busca e apreensão, Marcelo
Torres Izidorio, ligado ao PCC. Segundo informações ele pertencia ao PCC de Alagoas.
Em São Paulo, são 59 mandados de prisão e
10 de busca e apreensão contra integrantes do PCC. A ação ocorre em Americana,
Arujá, Cerquilho, Guarulhos, Hortolândia, Jaboticabal, Limeira, Moji das
Cruzes, Piracicaba, Ribeirão Preto, Rio das Pedras e Santa Bárbara D’Oeste, e
contam com o apoio das Polícias Militar e Civil.
De acordo com o subprocurador-geral de
Justiça de São Paulo, Mário Luiz Sarrubbo, os mandados de prisão e de busca e
apreensão estão sendo cumpridos em imóveis e comércios onde pessoas ligadas ao
PCC atuam criminosamente.
“Os detidos serão indiciados por lavagem de
dinheiro, tráfico de drogas e organização criminosa”, falou Sarrubbo. “Eles
serão levados depois para unidades prisionais”.
De acordo com o Ministério Público (MP) de
São Paulo, a ação desta quarta visa combater a organização criminosa, a lavagem
de dinheiro e a corrupção de agentes públicos.
“Nossa visão é de combate a tríplice
vertente. Combater a organização criminosa prendendo líderes e diretores,
desestruturando a empresa do crime. Combater a lavagem de dinheiro indo para
cima das atividades comerciais, como postos de combustíveis e transporte de
pessoas. E combater a corrupção de agentes públicos, como funcionários do
município e do estado”, disse o subprocurador.
Segundo Sarrubbo, como o PCC atua
principalmente com o tráfico de drogas e por isso, um dos objetivos da ação é
desarticular as finanças da facção. “Objetivo é desarticular a fação
principalmente no aspecto financeiro”, falou o subprocurador. “É importante
destacar que o Ministério Público, a Polícia Civil e a Polícia Militar (PM)
estão organizados nessa guerra contra facções criminosas”.
No Tocantins, ainda é feita inspeção na
Casa de Prisão Provisória de Palmas, com o objetivo apreender armas, drogas,
explosivos, aparelhos de comunicação móvel e cadastros de faccionados.
Em Alagoas, são cumpridos 13 mandados de
prisão e 14 de busca. Segundo o MP, os investigados têm ligação com o PCC, e
atuavam principalmente em São Miguel dos Milagres, município localizado no
Litoral Norte alagoano.
Durante as buscas em Brasília e em Santo
Antônio do Descoberto (GO), foram apreendidos telefones celulares, anotações e
cadastros ligados à facção paulista PCC.