De:Veja.
O Papa Francisco disse neste sábado, durante uma grande
missa realizada no estádio internacional de Amã, na Jordânia, que a paz não se
pode comprada nem vendida, mas deve ser construída com gestos cotidianos.
Em sua homilia, o pontífice afirmou que a paz é um
dom e que a devemos "construir por meio de gestos grandes e pequenos
em nossa vida cotidiana".
Pouco antes, em discurso no palácio do rei Abdullah, ele
havia tocado no mesmo tema, mas em referência direta à guerra civil na
Síria. "Que a violência possa cessar e que as leis humanitárias sejam
respeitadas, assegurando a assistência necessária àqueles que sofrem", ele
disse. "Que todos os grupos abandonem a tentativa de resolver suas diferenças
com o uso de armas;"
Na missa, diante de trinta mil pessoas, o pontífice
encorajou as famílias cristãs de refugiados que vivem na Jordânia, procedentes
da Palestina, Síria e Líbano. O pontífice abençoou vários refugiados durante a
missa. Em seguida, saudou 1.400 crianças que se preparavam para receber a
primeira comunhão.
O Papa Francisco chegou neste sábado a Amã. A parada na
capital da Jordânia é a primeira de seu périplo de três dias pelo Oriente
Médio. Ele ainda vai visitar a Palestina e Israel.
Francisco dissera na quarta-feira que a viagem à Terra Santa
é "estritamente religiosa". Seu ponto culminante será o
encontro com o patriarca ecumênico Bartolomeu I na delegação apostólica de
Jerusalém, no mesmo cômodo em que seu antecessor Paulo VI, num gesto histórico,
se reuniu há 50 anos com o então líder ortodoxo Atenágoras I. "Pedro e
André se reunirão novamente, e isso será belo!”, disse Francisco, em referência
aos patriarcas das duas igrejas.
Às 19h locais (13h de Brasília), o Papa irá para a
localidade de Betânia, nas margens do Rio Jordão, cujas águas abençoará, como
fizeram seus antecessores.
Neste local, Francisco rezará e distribuirá alimentos para
crianças que sofrem algum tipo de deficiência, e dará a benção
a refugiados do conflito sírio.
A peregrinação continuará no domingo na cidade palestina de
Belém, onde o papa se reunirá com o presidente da Autoridade Nacional Palestina
(ANP), Mahmoud Abbas, e celebrará uma missa para oito mil pessoas.
Depois, o papa irá para Israel, onde visitará Jerusalém.
(Com Agência EFE)