ABFIAE alerta que projetos que reduzem preço de materiais escolares continuam esquecidos pelo Governo
Comemorado em 15 de março, o Dia da Escola mostra uma
triste realidade nacional: a instituição pública de ensino no Brasil está muito
longe de ser um exemplo de qualidade. Segundo um estudo feito por pesquisadores
da Universidade de Brasília (UnB) e Universidade Federal de Santa Catarina
(UFSC), baseado nos indicadores do Censo Escolar 2011, pouco mais de 44% das
escolas brasileiras têm apenas a estrutura elementar, que é água encanada,
banheiro, energia, esgoto e cozinha.
Diante deste triste realidade, é preciso lembrar que,
vários projetos que são imprescindíveis para estimular o ensino no País,
continuam esquecidos pelo Governo, como é o caso do Projeto de Lei 6.705/2009,
aprovado no Senado em 2009 e da PEC 24/2014, que dispõem sobre o fim dos
impostos sobre os materiais escolares.
Recentemente, o Instituto Brasileiro de Planejamento
Tributário (IBPT) divulgou que esses artigos são taxados em até 47%, como no
caso das canetas. Itens como apontador e a borracha escolar têm alíquota de
43%; caderno universitário e lápis, 35%. Para a Associação Brasileira dos
Fabricantes e Importadores de Artigos Escolares (ABFIAE) a aprovação destes
projetos seria uma solução imediata para a redução da absurda carga tributária
sobre material escolar existente no País.
“É inaceitável que o PL 6.705, aprovado pelo Senado
desde 2009 tramite há seis anos na Câmara Federal sem nenhum desfecho e que a
PEC 24 continue esquecida. Em um país onde os governantes cansam de afirmar que
educação é prioridade, é uma vergonha convivermos com uma carga tributária
superior a 40% que incide sobre canetas, borrachas, lápis, apontadores e
outros materiais básicos. Ainda nos dias de hoje 25% dos estudantes não
completam o ensino básico! Continua-se a construir um Brasil desigual, pois
famílias de menor renda têm dificuldades em formar seus filhos. A aprovação
destes projetos seria uma forma de demonstrar que nossos parlamentares e
governantes realmente levam a sério o tema da educação”, explica Rubens Passos,
presidente ABFIAE.
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