O
pré-candidato à Presidência da República pelo PSL, Jair Bolsonaro (RJ),
defendeu medidas “radicais” para combater o problema da segurança pública no
Brasil. Durante sabatina do Correio Braziliense, realizada na manhã desta
quarta-feria (6/5), o deputado federal tornou a falar sobre a flexibilização
para uso e porte de arma de fogo pelo cidadão comum.
O
político buscou se apresentar também como um candidato honesto, que, se eleito,
não governará na base do "toma lá, dá cá", e afirmou ser um dos
únicos políticos que não tiveram voto comprado em medidas no Congresso
Nacional. "Quero mostrar que nós podemos ser um ponto de inflexão na forma
de fazer política, sem toma lá dá cá, sem viés ideológico. Vamos jogar pesado
na questão de segurança pública para que o país volte a ter turismo, jogar
pesado na área de ciência e tecnologia”, disse. Para conseguir apoio e
divulgação, Bolsonaro disse contar com as redes sociais e com crowdfunding.
"Se eu chegar lá, é sinal de que quem votou em mim votou com razão e com o
coração."
Sobre
a área de segurança, Bolsonaro disse que o tema deve ser tratado com
“radicalismo”. “Em algumas coisas tem que ser radical. Só temos uma vida”,
disse. “Não vem com essa história de presídio cheio. Isso é um problema de quem
cometeu o crime. Eu sei que não é fácil. Vou contar com a ajuda do coronel (Ney
Oliveira) Müller. Tem que vir gente como ele (para o governo), não pode vir
antropólogo para tratar essa questão grave e única entre nós”, comentou.
"Todo
gordinho está virando mariquinha"
Bolsonaro
não quis se estender sobre os desafios no combate a crimes de ódio no país. Em
um cenário polarizado, o político não acredita que essa deva ser uma
preocupação para agora e voltou a criticar aqueles que querem o “politicamente
correto”. “Quando alguém faz uma besteira com um terceiro, ele será isolado
pelos próprios colegas. Isso do politicamente correto é coisa dos radicais de
esquerda. Eu sou uma das pessoas que mais sou atacados”, argumentou. “Na
escola, você é chamado de quatro olhos, gordinho mesmo. Mas, antes, o gordinho
se defendia. E agora, todo gordinho está virando mariquinha”, disse.
Um
dos assuntos mais controversos da entrevista foi a questão da economia. Antes
defensor do papel do Estado, Bolsonaro passou a flertar com o liberalismo e a
defender privatizações "em certos casos". Perguntado se essa mudança
não gera desconfiança, disse: "A desconfiança é natural, mas sou uma
pessoa de palavra". Questionado sobre quais seriam as empresas que
privatizaria em um governo futuro, não deu resposta:
“Vamos
discutir isso em um momento oportuno.”
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