O presidente
da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse nesta terça-feira (29) que o Congresso
não vai aprovar um aumento de tributos para compensar a redução no preço do
diesel. Ele ainda chamou de
"irresponsável" a fala do ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, que
nesta segunda (28) disse que poderia haver uma alta de tributos para
fazer a compensação.
“Não
vai ter [aumento de imposto] porque isso aqui é uma democracia e ele [Guardia]
não manda no Congresso Nacional. Aliás, o que ele fez ontem foi muito
irresponsável, num momento de crise em que se está tentando debelar, diminuir a
mobilização, tentar colocar o Brasil no eixo novamente, ele vem falar em
aumento de imposto”, afirmou Maia.
Segundo
Maia, Guardia "sabe muito bem que no Congresso não haverá aumento de
impostos" e deveria ter proposto outras saídas.
"De
jeito nenhum [a Câmara vai aprovar aumento de imposto]. Não tem a menor chance.
Enquanto eu for presidente da Câmara não se vai votar nenhum aumento de
imposto. Os brasileiros pagam impostos demais, ninguém aguenta pagar mais
imposto. Vamos discutir a redução do tamanho do Estado", disse.
A
redução do preço do diesel foi uma das medidas anunciadas pelo governo federal
para encerrar a paralisação de caminhoneiros. O desconto é de R$ 0,46 por
litro de diesel por um período de 2 meses.
Quando
faz um gasto não previsto no Orçamento, ou, como no nesse caso, abre mão da
receita com imposto, o governo precisa fazer uma compensação.
Para
o presidente da Câmara, há outras maneiras de reequilibrar a conta, que não
seja o aumento de tributos. "Ele tem receita do fundo soberano, ele tem
receita da cessão onerosa, que está tramitando em um projeto na Câmara. O que
nós não podemos é que na hora que as coisas começam a caminhar para uma solução
se colocar mais gasolina nesse problema. Então, eu acho que ele errou ontem.
Não adianta falar apenas para os investidores, tem que começar a falar para os
brasileiros", disse.
Para
Maia, "não há a menor chance" de a Câmara aprovar aumento de imposto
e defendeu a redução do tamanho do estado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário