O
Palácio do Campo das Princesas reuniu a imprensa, na tarde desta quinta-feira
(24), para informar sobre como o governo do estado vem trabalhando para gerir a
crise instalada após a greve dos caminhoneiros, que ocorre desde a
segunda-feira (21). Um dia após a veiculação de notícias que levaram os
pernambucanos a formarem longas filas nos postos de gasolina e a encherem os
supermercados por medo de ficarem sem insumos, os secretários tentaram
tranquilizar a população.
Foi
formado, emergencialmente, um comitê de monitoramento de crise para tentar
encontrar soluções a fim de não deixar a população sem os serviços mais
básicos. "Está se montando toda uma estrutura. Estamos com esquema de
abastecimento, principalmente com a frota da saúde, do transporte público e da
segurança pública", afirmou o secretário da Casa Civil, André Campos, que
garantiu que os coletivos continuarão funcionando mesmo com a redução no número
de veículos nas ruas.
O
mesmo discurso foi repetido por todos os secretários, que afirmaram estar
tomando as medidas possíveis para não prejudicar a população com a crise do
abastecimento, que afeta todo o país. Em relação à segurança pública, o
secretário da Defesa Social, Antônio de Pádua, afirmou que a Polícia Militar
está mantendo suas atividades ordinárias, bem como as polícias Civil,
Científica e Corpo de Bombeiros. Na tarde de hoje, a equipe de reportagem do
Diario flagou viaturas e carros do IML (Instituto Médico Legal) enfrentando
filas nos postos de gasolina para abastecer os tanques. Ainda assim o
secretário garantiu que não haverá danos à população nesse sentido.
"Natural
que nós tenhamos certa dificuldade, que as viaturas demorem um pouco mais do
que o normal para bastecer. Estamos vivendo um movimento paredista em que
existe uma dificuldade, inclusive para a própria população, mas não há enhuma
redução no efetivo da Polícia Militar, então os pernambucanos podem ficar
tranquilos, que o policiamento continuará presente". justificou Antônio de
Pádua.
O
secretário de Justiça e Direitos Humanos do estado, Pedro Eurico, afirmou que o
Procon vai priorizar, nesta sexta-feira (25), a fiscalização dos supermercados
e feiras livres, para conferir se alguém está praticando abuso de preços.
Segundo ele, “não será possível admitir reajustes desnecessários”. “Isso está
previsto no Código de Defesa do Consumidor, artigo 39 e inciso 10”. O titular
da pasta lembrou que, na última quarta-feira, o dono de um posto de combustível
foi preso no Recife por aumentar o valor do litro de gasolina para R$ 8,99,
quase R$ 9, aproveitando-se do desespero dos motoristas. “Chegamos a multar um
posto de gasolina em meio milhão de reais”, afirmou o secretário, ressaltando
que, nesta quinta-feira, apenas três postos de combustíveis ainda tinham
produtos para vender.
Pedro
Eurico informou que a fiscalização não vai permitir que o abastecimento à
população, também nas feiras livres, seja prejudicado por eventual má fé. Ele
informou, no entanto, que não pode impedir que algumas redes de supermercados
limitem a quantidade de produtos por clientes. “Se não limita de forma
exagerada e abusiva tudo bem, não vejo previamente nenhum problema. O que não
podemos admitir é que alguns tentem desaparecer com os produtos. Vamos ter
controle sobre a distribuição, sobre a comercialização e sobre o valor dos
preços desses produtos”.
Apesar
da precaução do governo, muitas prateleiras de supermercados estão começando a
ficar esvaziadas. Com receio de ficar sem comida, por conta da
imprevisibilidade da greve, muitas pessoas estão antecipando suas feiras.
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