Mapa de vulnerabilidade climática de Pernambuco aponta previsões para período de 2041 a 2070.
Por: Diario de Pernambuco
Pernambuco
passa a trabalhar, a partir de hoje, com os dados mais recentes de
vulnerabilidade climática apresentados pelo Ministério do Meio Ambiente. A
pesquisa foi realizada pela Fiocruz em 2015 e aponta as mudanças previstas para
ocorrer nos 184 municípios do estado no período de 2041 a 2070. O trabalho
aborda as mudanças que vão desde a escassez de chuvas (com uma quantidade maior
de dias sem nenhuma gota d’água do céu), a redução no volume das precipitações
nos períodos chuvosos, o aumento da temperatura e ainda o surgimento de novas
endemias em razão das mudanças climáticas.
Sobre as temperaturas, as projeções apontam elevação do calor em todos os municípios do estado. No Oeste a elevação pode chegar a 3,7°C, como se observa nos municípios de Trindade e Araripina. Em Dormentes, Afrânio e Santa Cruz o aumento poderá chegar a 3,6°C. No Agreste o impacto é menor. Em Caruaru, a elevação da temperatura pode chegtar a 3ºC. Já Bezerros e Gravatá 2,9°C. O litoral poderá ser a parte menos impactada com 2,7°C, como se verifica na capital Recife e em Ipojuca.
O mapa aponta uma redução no volume de chuvas em todo o estado, sendo a porção Oeste, representada pela Região do São Francisco como a mais impactada. Em Petrolândia, por exemplo, a redução pode chegar a 39,1%. Em cidades como Tacaratu, a diminuição da precipitação poderá ser de 37,4% e em municípios como Jatobá e Inajá, 36,9% e 36,3%, respectivamente.
No litoral, o impacto na redução das chuvas será menor. No Recife e Jaboatão dos Guararapes, a queda na pluviosidade poderá ser de até 4,4%, em relação ao período atual. No sul do litoral pernambucano, o impacto pode ser maior: -11% em municípios como Barreiros, São José da Coroa Grande e Tamandaré.
O percentual do número máximo de dias secos consecutivos no ano. No litoral, apesar de um impacto menor na redução do volume de chuvas, haverá uma quantidade maior de dias sem chuvas. Em Itamaracá o percentual esperado é de 55,4% e no Recife é de 53%. E as populações que vivem na Zona da Mata terão que lidar com o aumento do período de estiagem, tendo em vista que em Timbaúba a elevação poderá chegar a 55%.
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