No dia 18.07.2017, completa um ano do falecimento de
Dr. Valfrido Curvelo, e seu filho Dr. Renato Curvelo, presta uma homenagem
póstuma.
MEU PAI É
INSUBSTITUÍVEL
(Um ano de seu falecimento).
“Tem um ditado que diz que ninguém é insubstituível. Estou aqui, no entanto,
para desafiar esse ditado sendo a prova pura dessa contradição. Um filho, um
amor, uma mãe, irmãos, avós, tios, família, amigos, um momento, uma conquista,
uma lembrança, etc, todos tem suas peculiaridades e são únicos. MEU PAI É
INSUBSTITUÍVEL. Santo Agostinho disse que a morte não é nada, que nossos entes
queridos apenas estão do outro lado do caminho. Concordo com o teólogo, mas, na
verdade, o que dói não é o sentimento da perda, quando já estamos desprovidos
do egoísmo emocional, pois não perdemos, apenas nos afastamos, por um certo
tempo. É certo que o que dói, de verdade, é a ausência. Difícil não chorar em
silêncio quando nos recordamos de um Pai amigo, escudeiro, conselheiro,
exemplo, referência. Difícil não marejar os olhos quando vemos seus feitos e
seu nome reverenciado. Impossível não estreitar a garganta e sentir esta secar,
ao lembrar do colo, do beijo, do abraço, do carinho e da benção que não teremos
mais. Difícil não apertar o peito quando vemos sua cadeira vazia à mesa, sua
presença escondida e ao mesmo tempo estampada nos lugares, sua voz ecoando em
nossas mentes e corações, mas longe e saudosa como o sussurro de uma brisa.
Difícil controlarmos nossas emoções quando vemos os seus gestos representados
inconscientemente por seus descendentes. PAI, O SENHOR PARA MIM SEMPRE SERÁ
INSUBSTITUÍVEL. Seus defeitos, comuns a qualquer ser humano, eram mínimos
diante de suas virtudes. Seus feitos, seu legado e seu nome perdurarão em nós e
nos que nos sucederem. Terá de nós, como nos ensinaste, esse compromisso. Esse
tratado com a moral e com a retidão pelas quais também fomos forjados serão
mantidos. Foi-se o corpo, mas o Pai e homem será eterno em nossas mentes e em
nossos corações. A proximidade de sua data de 1 ano de falecimento nos deixa
enclausurados na tristeza. Há tempos não tive condições de escrever e
agradecer. Por ocasião desta mensagem, queria retribuir todas as manifestações
de carinho, homenagens e solidariedade que tivemos eu e minha família, no
velório, no enterro e até hoje, de familiares, amigos e desconhecidos, que ao
pé do caixão ou de longe sofreram conosco essa inestimável perda. Queria em
particular agradecer a Luis Clério Duarte, Alexandre Tenório Vieira e Zé Carlos
Cordeiro, Emmanuel Leonel, Claudio André Santos e Josenildo Batista pelos
textos e publicações dos artigos em deferência ao meu querido velho pai
Valfrido Curvelo, pedindo desculpas se cometi o erro do esquecimento de alguém. É um aniversário triste e que não se comemora, ou até se comemora na fé e na
espiritualidade. Por isso fiz este singelo texto em tua reverência, e como
disse o mais pernambucano dos paraibanos, Ariano Suassuna, “Tenho duas armas
para lutar contra o desespero, a tristeza e até a morte: o riso a cavalo e o
galope do sonho. É com isso que enfrento essa dura e fascinante tarefa de
viver”. Te amaremos sempre Pai, pois és insubstituível.
Seu filho Renato Curvelo.”
Nenhum comentário:
Postar um comentário