Foto: Regina Viana/Jornal do Commercio |
O Estado anunciou, em nota oficial divulgada na noite desta
quinta-feira (21), a suspensão de todos os pontos acordados com os professores
da rede estadual. A medida foi uma reação à decisão da categoria, que em
assembleia pela manhã, aprovou a retomada da greve a partir da próxima
sexta-feira (29). A medida do governo implica, principalmente, no não pagamento
dos dias parados (descontados como punição pelos 25 dias de paralisação no mês
de abril) e na retirada da proposta de aumento de 7%, parcelado em quatro vezes.
“O governo de Pernambuco recebeu com surpresa a decisão
comunicada pelo Sintepe (Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco)
à Secretaria de Administração, na tarde desta quinta-feira (21), rejeitando a
proposta construída conjuntamente em mesa de negociação, após oito reuniões”,
ressalta a nota.
Reunidos em assembleia no Clube Português, Zona Norte do
Recife, cerca de 2.500 professores rejeitaram o reajuste de 7%, decretaram
greve e convocaram nova reunião para o dia 29, em frente à Assembleia
Legislativa de Pernambuco (Alepe), às 14h. Até o dia 28, os professores devem
promover mobilizações nas unidades de ensino para aumentar a adesão ao
movimento.
“O Estado provavelmente vai notificar o sindicato. A
expectativa é de que seja uma luta difícil, mas estamos dispostos a enfrentá-la
em busca da valorização da categoria”, previa o presidente do Sintepe, Fernando
Melo, horas antes de comunicar oficialmente ao Estado a decisão tomada em
assembleia.
Após uma série de reuniões, a última proposta da Secretaria
Estadual de Administração (SAD) foi um reajuste salarial de 0,89% retroativo a
abril, mais 6%, parcelados em três vezes. Os professores reivindicam 13,01%. A
categoria parou 25 dias este ano – entre 10 de abril e 4 de maio – depois de a
Alepe ter aprovado aumento de 13,01% só para profissionais com magistério,
contemplando apenas 10% dos docentes.
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