Agentes
da Polícia Federal que atuam na operação Lava Jato encaminharam ao Supremo
Tribunal Federal, na última quinta-feira (7/5), pedidos de quebra dos sigilos
bancário e fiscal do senador Fernando Collor de Mello (PTB-AL); do deputado
Aníbal Gomes (PMDB-CE) e do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). A
PF também quer romper o sigilo bancário de inquéritos onde é investigado o
ex-deputado João Pizzolatti (PP). Os quatro são investigados pela suposta
participação no esquema de corrupção instalado na Petrobras. As informações são
do site de O Estado de S. Paulo.
Os
pedidos foram protocolados de forma separada dos inquéritos onde os políticos
são investigados, e correm sob segredo de justiça. Segundo apurou o Correio,
pedidos sigilosos também foram feitos nesta quarta (13/5) pela PF nos
inquéritos que investigam o senador Valdir Raupp (PMDB-RO) e o líder do PP na
Câmara, Eduardo da Fonte (PE). Não é possível, porém, determinar o conteúdo
desses pedidos.
As
solicitações são direcionadas ao relator da Lava Jato no STF, ministro Teori
Zavascki. As quebras de sigilo têm por objetivo esclarecer acusações feitas
pelo doleiro Alberto Youssef e pelo ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto
Costa. Youssef, por exemplo, disse em delação premiada ter feito “vários
depósitos” em nome de Collor. Já Costa disse à Justiça que parte dos valores
desviados das obras da petroleira eram destinados a Calheiros, de quem Aníbal
Gomes atuava como uma espécie de “mensageiro”.
Por
meio da assessoria, Calheiros disse que não comentará o assunto. Collor,
Pizzolatti, Raupp e Eduardo da Fonte não foram localizados. O deputado Aníbal
Gomes disse ao Correio que está disposto a abrir “tranquilamente” o próprio
sigilo bancário e fiscal. “Eles (PF) estão certíssimos. Tudo tem que ser investigado.
E todos os que estão sendo investigados também tem que mostrar”, disse.
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