A presidente Dilma Rousseff vetou o trecho de uma Medida
Provisória que corrigia em 6,5% a tabela do Imposto de Renda de pessoas
físicas. A correção havia sido aprovada em dezembro pelo Congresso, mas o
governo queria que o índice fosse menor, de 4,5%. O veto foi publicado na
edição desta terça-feira (20) do "Diário Oficial da União".
Caso a lei tivesse sido aprovada, pessoas que ganham até R$
1.903,98 ficariam isentas de Imposto de Renda. Atualmente, o teto de isenção é
de R$ 1.787,77. O reajuste de 6,5% seria aplicado também nas demais faixas da
tabela. A correção da tabela era uma das promessas na campanha à reeleição de
Dilma.
Estudo do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da
Receita Federal (Sindifisco Nacional) indica que, com o Índice de Preço ao
Consumidor Amplo (IPCA) de 2014 em 6,41%, a defasagem da tabela acumulada
desde 1996 chega a 64,28%.
Já no início da noite de ontem (19), o ministro da Fazenda,
Joaquim Levy, anunciou medidas de aumento de tributos para reforçar a
arrecadação do governo. De acordo com o ministro, o objetivo é obter este ano
R$ 20,6 bilhões em receitas extras. A maior arrecadação virá da elevação do
Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da
Seguridade Social (Cofins) sobre os combustíveis e do retorno da Contribuição
para Intervenção no Domínio Econômico (Cide).
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