A endometriose é um problema de
saúde que atinge milhões de mulheres em todo o mundo, causando dores e as ameaçando
com o risco da infertilidade, possível consequência do tratamento para o mal.
Empenhado na busca por recursos mais eficazes para combater a enfermidade, um
grupo internacional de pesquisadores chegou a duas substâncias que surgem como
grandes promessas. Ao serem testados em ratos e em células endometriais
humanas, os compostos se mostraram capazes de impedir o crescimento dos tecidos
e até mesmo de fazê-los regredir, além de combater o processo inflamatório
característico da doença.
Graças a esses resultados, os autores da pesquisa, publicada nesta semana na revista Science Translational Medicine, acreditam que as duas drogas experimentais possam se tornar remédios que combatam a dor sentida pelas pacientes devido à inflamação e reduzam a necessidade de intervenção cirúrgica, que visa retirar o excesso de tecido que cresce nas pacientes.
Para chegar à descoberta, os cientistas seguiram uma linha de estudo prévio, que apontou a ação dos receptores do hormônio feminino estrogênio como o principal alvo a ser combatido a fim de conter o crescimento do tecido endometrial. “A estimulação excessiva de estrogênio e sua inflamação são aspectos cruciais da endometriose. A hipótese com a qual trabalhamos é a de que os tratamentos devem suprimir esses dois componentes”, escrevem os autores no estudo, coordenado por Benita Katzenellenbogen, professora de biologia celular da Universidade de Illinois, nos Estados Unidos.
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