Iati, Águas Belas, Angelim, Bom Conselho, Brejão, Caetés, Capoeiras, Correntes, Garanhuns, Lagoa do Ouro, Jupi, Jucati, Paranatama, Palmeirina, Saloá, Terezinha, São Bento do Una, Lajedo e São João continuam em situação crítica.
O Governo de Pernambuco renovou por mais seis meses o
decreto que declara "situação de emergência" no Agreste Pernambucano
devido à estiagem e à queda intensificada das reservas hídricas de superfície,
provocadas pela má distribuição pluviométrica na Região.
Em outras palavras, significa que a seca continua, e ela não
é sinônimo apenas de falta de chuva, mas do forte impacto que causa a secular
falta de políticas públicas para combater o problema. O decreto foi publicado
nesta semana no Diário Oficial de Pernambuco. Após a publicação, ainda é
preciso obter aprovação do Ministério da Integração Nacional e da Defesa Civil
Nacional. Na prática, a situação de emergência significa maior facilidade para
obtenção de medidas como contratação de carros-pipa, desburocratização de
crédito, milho subsidiado e possíveis dispensas de licitação.
O período chuvoso da parte leste do Agreste - mais próxima
e, portanto, mais influenciada pela Zona da Mata e pelo Litoral - termina no
final deste mês sem que tenha chovido o suficiente para encher os
reservatórios. Na parte oeste do Agreste - mais próxima ao Sertão e que,
portanto, costuma obedecer a regimes de chuva semelhantes -, o período chuvoso
vai de dezembro a abril e a situação também não é das mais animadoras. As chuvas
só devem voltar em maio de 2015.
O secretário de Agricultura e Reforma Agrária de Pernambuco,
Aldo Santos, reforça que as chuvas recentes no Agreste foram boas para a
lavoura e para a recuperação agropecuária, mas que não foram suficientes. Ainda
de acordo com o secretário, a aprovação da situação de emergência junto ao
governo federal, necessária após o decreto estadual, não costuma demorar, fica
num prazo em torno de dez dias. O cenário da volta dos carros pipa cortando as
estradas do Agreste Meridional esta mais perto do que se imagina.
(Com informações e Gráfico do Jornal do Commercio, de
21/08/2014)
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