DICA
DE LEITURA: “O RÉU E O REI”
Por
Fernando Chagas da Costa (*)
O
livro de Paulo César de Araújo foi lançado essa semana, pela Companhia das
Letras, sem qualquer trabalho de divulgação que chamasse a atenção. A companhia
das Letras existe há 28 anos e jamais teve que passar por uma situação similar,
sem uma campanha publicitária de uma obra em que aposta no sucesso de vendagem.
Qual
o motivo de tamanha cautela? O risco da obra ser tirada das prateleiras das
livrarias, afinal de contas mexe com um assunto que se tornou polêmico. Nesse
caso, embora não se tratando da biografia propriamente dita de Roberto Carlos, o
livro conta os bastidores da luta do autor de “Roberto Carlos em detalhes”, que
teve o livro censurado pelo personagem principal da obra.
Como
tinha interesse em conhecer todo o processo que envolve o caso, pelo menos na
versão de uma das partes, já que a outra não é divulgada, resolvi comprar a
obra, mas não a encontrei na principal livraria aqui de Maceió. A saída, antes
que houvesse qualquer proibição, foi procurá-la no formato digital, a qual encontrei
e a adquiri.
Na
quarta-feira, 21, o G1, na matéria com título “Roberto Carlos é tema de 'livro
secreto' do autor de biografia proibida” divulgou um trecho do início do livro,
o qual reproduzo, parcialmente, abaixo (apenas
o primeiro parágrafo):
“São
Paulo, sexta-feira, 27 de abril de 2007.
Eram
13h40 quando eu e Roberto Carlos entramos na sala 1-399 do Complexo Judiciário
Ministro Mário Guimarães, 20ª- Vara do Fórum Criminal da Barra Funda, zona oeste
da cidade. Pela primeira vez ficaríamos frente a frente desde que ele movera
dois processos contra mim na Justiça: um na área cível, outro na criminal. O
artista me acusava de invadir sua privacidade, usar indevidamente sua imagem e
atingir sua honra, boa fama e respeitabilidade. A prova estaria no livro
Roberto Carlos em detalhes, escrito por mim e publicado pela editora Planeta em
dezembro de 2006. Além da imediata proibição da obra, o cantor pedia uma alta
indenização em dinheiro (chegou a requerer multa diária de 500 mil reais) e
minha condenação a uma pena que, segundo seus advogados, poderia ultrapassar
dois anos de cadeia”.
Ficou
curioso? Eu também.
Boa Leitura.
(*)
Fernando Chagas da Costa é funcionário do Banco do Brasil há mais de 30 anos e professor
universitário da área de exatas na Faculdade de Alagoas/FAL, vinculada a
Estácio de Sá.
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