DICA DE LEITURA: “CRIME E CASTIGO”
Por Fernando Chagas da Costa (*)
Escrito pelo maior autor da literatura russa, Fiódor
Dostoiévski , há quase 150 anos, CRIME E CASTIGO, continua atual.
A história se passa em São Petersburgo, na Rússia, e trata da
angústia psicológica de um assassino, tratada pelo autor numa imersão aos
questionamentos mais íntimos do personagem.
O romance tem como personagem central um estudante, que vive
à beira da miséria e mora de aluguel em um apartamento pequeno, de propriedade
de uma velha usurária. Ele desenvolve uma tese com a seguinte linha: homens como
César e Napoleão foram responsáveis por milhares de mortes, todavia, a história
os considerou grandes heróis e conquistadores.
O estudante, então, pensa que se Napoleão matou milhares e
foi absolvido pela história, por que ele também não seria se matasse a velha
que vivia do dinheiro do aluguel e juros (que no livro simboliza o Capitalismo,
que o autor detestava)? Pensou ele (o estudante): Não estaria fazendo um bem à
humanidade?
Há na internet uma excelente entrevista com a professora
(russa) da USP, Elena Vássina, sobre o livro, e uma das recomendações dela para
os leitores é que procurem pela edição que tenha sido traduzida por Paulo
Bezerra, que é a mais fiel ao original. A entrevista da professora está no
endereço
Tão importante quanto OS IRMÃOS KARAMAZOV (que a extinta TV
Tupi chegou a exibir uma novela baseada nela), O IDIOTA, O JOGADOR, entre
outras obras de Dostoiévski, CRIME E CASTIGO é universalmente conhecida e lida.
Boa Leitura.
(*) Fernando Chagas da Costa é funcionário do Banco do Brasil
há mais de 30 anos e professor universitário da área de exatas na Faculdade de
Alagoas/FAL, vinculada a Estácio de Sá.
Ler faz bem! Afinal, a leitura é parte do processo de ensino e aprendizagem - o qual nos possibilita viver em sociedade como seres pensantes, críticos... Mostrando-nos que somos cidadãos iguais nos direitos e deveres e, ainda que o capitalismo nos separe, a leitura nos modifica e somos capazes de mudar determinados conceitos enraizados na sociedade - mesmo no mundo globalizado e com uma interculturalidade tão expressiva!
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