Crônicas de Bom Conselho
Por: Alexandre Tenório
A família de
Paulo Índio, composta por seu pai (seu Roberto) sua mãe (dona Rosalina) seu
irmão (Valderedo) e as varias irmãs (Da Paz, Zuleide...), vieram da cidade de
Águas Belas, morar em Bom Conselho, pois seu Roberto queria que seus filhos
tivessem uma melhor educação, pois Bom Conselho neste requisito tinha mais
recursos que Águas Belas.
Eles foram
morar na Rua Joaquim Nabuco, em frente à casa dos meus AVÓS. Eu era pequeno,
mesmo assim, lembro-me deles. Como na casa dos meus AVÓS tinha quatro filhos
quase na mesma idade dos filhos de seu Roberto, a amizade foi praticamente
imediata.
A fisionomia da
família era indígena, pois eles eram índios legítimos, seu Roberto chegou a ser
o chefe da aldeia, tempo depois eles voltaram para Águas Belas, sua cidade de
origem, e aonde tinha o seu povo. Porém a amizade da minha família com eles
durou até hoje. Daniel Brasileiro (meu primo) foi ser médico em Águas Belas e
lá encontrou um grande apoio de seu Roberto e seus familiares, e com isto os
laços foram estreitados de novo.
Paulo Índio era
o filho mais novo da família, e sem sombra de dúvida o mais presepeiro. Paulo
quando decidia ir para o cine Brasília, comia no jantar (batata doce, ovos,
cebola...) tudo quanto era BUFANTE ele comia. Quando entrava no cinema dizia
aos amigos, hoje eu vou botar pra quebrar, esperem para ver.
O filme
começava e quando tinha uma cena bem importante que estava todo mundo em
silêncio e concentrado, ela soltava um peido que estrondava o cinema, só era o
que a galera queria para cair na algazarra. Neste instante seu Waldemar Guedes
acendia as luzes e descia acompanhado por Severino Soldado, para estabelecer a
ordem no recinto.
Certa feita num
dia de domingo o cinema lotado, Paulo Índio solta o peido, então a famosa Gonga
(a alegria da juventude naquela época) fala bem alto – ISTO É UM .. OU UMA
ROQUEIRA – para azar de Gonga seu Waldemar tinha descido sem apagar as luzes e
ela não viu, não deu outra, seu Waldemar pega Gonga pela a orelha e coloca para
fora.
Paulo Índio
jogava futebol, e era um jogador razoável, Jorge Torres era o técnico da ABA,
então Paulo faz uma jogada estranha, ou seja, fez uma cagada. É quando Jorge
Torres na sua santa ignorância grita – PAULO É TRUQUE ÍNDIO – todo mundo caiu
na algazarra.
Vai aqui a
minha homenagem a este águas-belense que fez história em nossa cidade.
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