
As projeções indicam mais secas prolongadas, principalmente
nos biomas da Amazônia, Cerrado e Caatinga. “Levando em conta só o Brasil,
todas as projeções indicam que o Norte e Nordeste são as regiões que devem ter
uma condição de menos chuva e mais temperatura. No entorno do Semiárido [clima
que predomina no interior dos estados nordestinos], onde já chove pouco, isso
torna a situação preocupante. Inclusive com a possibilidade de uma
transformação da área para desértica”, destaca um dos coordenadores do painel,
Tércio Ambrizzi, do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas
da Universidade de São Paulo (USP).
Na Caatinga, deverá haver aumento de 0,5°C a 1°C de temperatura e decréscimo
entre 10% a 20% de chuva durante as próximas três décadas (até 2040). A região
terá crescimento gradual de temperatura de 1°C a 2,5°C e diminuição entre 25% e 35% nos padrões
de chuva de 2041 a
2070. No final do século (2070
a 2100), o bioma estará significativamente mais quente
(aumento de 3,5°C
a 4,5°C )
e com agravamento do déficit hídrico, com diminuição de quase metade, 40% a
50%, das chuvas. “Essas mudanças podem desencadear o processo de desertificação
da Caatinga”, ressalta o documento.
Crédito Agência Brasil
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