Estatuto do Nascituro é aprovado pela Comissão de Finanças e Tributação
(a charge é de Ivan Cabral, e foi utilizada no post do blog Escreva Lola Escreva) |
Enquanto isso, na Câmara dos Deputados, a Comissão de Finanças e Tributação aprovou o PL 478/2007, conhecido como Estatuto do Nascituro. Dentre outras medidas, o PL prevê a criminalização do aborto espontâneo e condena abertamente pesquisas com células-tronco e fertilização in vitro. Além disso, prevê o pagamento de pensão pelo Estado até os 18 anos para bebês concebidos a partir de estupro, caso o "genitor" não seja identificado.
Recompensa ao estupro
A votação foi acompanhada por manifestantes contra e a favor do projeto. Para Lúcia Rincón, do Conselho Nacional dos Direitos das Mulheres, a proposta recompensa o estupro. Na sua avaliação, o texto aprovado é "uma violência contra a população, contra as famílias, a sociedade”. Segundo ela, “aprovar este projeto, nesta comissão ou em qualquer outra é legitimar o estupro, recompensar o estuprador, é cometer uma crueldade sem nome com o conjunto das mulheres."
Acompanhado
da esposa e da filha de um ano, o autônomo Renato Chagas também estava presente
à votação, mas pensa diferente. "A mãe precisa ser cuidada e protegida
também. Mas nunca uma dificuldade com relação à mãe pode ter como consequência
a punição daquele que não tem nada a ver, que é o neném no ventre
materno."
A proposta
foi aprovada na Comissão de Finanças e Tributação no dia em que evangélicos
organizaram uma marcha ao Congresso em favor da liberdade de expressão, da
família tradicional e da vida; e um dia após a manifestação, na Esplanada, de
movimentos religiosos também em favor da vida e do estatuto.
Tramitação
O projeto ainda será analisado pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, antes de ser votado pelo Plenário.
Você leitor do Blog "O Argonauta", qual a sua opinião com referência a esse assunto tão polêmico?
Comente.
Íntegra da proposta:
Crédito Agência Câmara Notícias
Pública-Agência De Jornalismo investigativo
Pública-Agência De Jornalismo investigativo
Nenhum comentário:
Postar um comentário