Em reunião realizado hoje, 04.04.2013, na AABB-Bom Conselho, onde estiveram presente representantes a nível estadual do BNB e Banco do Brasil. deputados estaduais Marco Antonio Dourado e Sílvio Costa, secretário de agricultura de Pernambuco Ranílson Ramos e várias autoridades de outros órgãos estaduais, além do prefeito municipal, Danilo Godoy e vereadores municipais, representantes de todos os segmentos da sociedade civil organizada, além de uma multidão que superlotou o salão da AABB.
A presidente da CDL, Katiuscia em sua fala prestou os esclarecimentos abaixo, os quais transcrevemos na íntegra:
"Estamos todos aqui reunidos por um ideal comum,
o combate aos efeitos devastadores da seca que vem assolando toda à região,
passando pelos produtores rurais, pelo comércio e toda população.
Acontece que existe uma analogia diferenciada
para os comerciantes, em 19 de junho de 2010, tivemos uma tragédia que atingiu
nossa cidade, o estouro do açude da Nação, na época foi liberada uma linha de
crédito específica para o comércio. Passados dois anos, estamos atravessando
com certeza a maior seca dos últimos 50 anos, nosso rebanho bovino, que era de
62.000 cabeças foi reduzido a 40.000, e morre animais todos os dias, a produção
de leite foi reduzida em 70%. Em virtude desse quadro assustador as indústrias
tais como a (BRF) vêm realizado demissões em massa, sendo seguidas pelo comércio
local. Para se ter uma idéia até o momento o comércio já demitiu 200 funcionários,
isso não porque queremos, mas porque as vendas caíram assustadoramente,
realizamos liquidações e não obtivemos êxitos.
Algumas lojas que trabalham com empresas que enviam
quantidades específicas de mercadorias, estão enviando, ficam encalhadas, sem
ninguém ter dinheiro para comprar.
Diante do exposto, gostaria de deixar bem
claro, que a crise que estamos atravessando, atingi todos os segmentos da
sociedade.
Agora gostaria de perguntar aos senhores
representantes do Banco do Brasil e BNB. Como temos condições de honrar nossos
débitos junto as suas instituições? Não temos capacidade atual de pagamento.
Sei que foi lançado no último dia 02 em Fortaleza pela presidente Dilma uma
série de medidas visando amenizar os efeitos da seca para os produtores rurais,
abatimento em dívidas rurais variando de 75 a 85 por cento, novas linhas de crédito para
custeio, e o comércio como fica? Estamos no mesmo barco. Produtores rurais e comerciantes,
exigimos tratamento igualitário. Do mesmo modo que vocês estão com
inadimplência a nossa já ultrapassou a casa dos 50%.
As propostas continuam as mesmas, o que avançou
mesmo foi a seca.
É preciso olhar com atenção não somente o
produtor, mas toda cadeia produtiva e o comércio. É necessário olhar como
iremos recompor essa economia devastada com a pior estiagem dos últimos 50
anos.
Cabe a vocês, ficarem atrás dos birôs emitindo
cartas de cobrança e estrangulando seus clientes já devastados pela crise ou
lutar junto conosco, em parceria, afim de acharmos uma saída emergencial para
amenizar a atual crise".
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