O governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), disse
nesta sexta-feira (1º), no Recife, que o PSB não será atropelado por outras
legendas e que o partido tem seu próprio "fuso-horário" para tomar
decisões.
"Não vamos atropelar ninguém, mas também jamais seremos
atropelados. Todas as vezes que o PSB foi afrontado, o PSB respondeu com muita
tranquilidade e firmeza e não afrontou ninguém", disse o governador,
considerado um possível candidato à Presidência em 2014.
Eduardo Campos, que também é presidente nacional do PSB,
disse ainda que o partido tomará suas decisões no próprio tempo. "O
relógio do PSB trabalha no fuso-horário do PSB. Nós não vamos trabalhar com o
relógio dos outros, com o tempo dos outros, nem fazer o jogo dos outros. Vamos
fazer o jogo do Brasil e o jogo do PSB".
Questionado mais uma vez sobre o pré-lançamento da
candidatura à reeleição da presidente Dilma Rousseff feita pelo ex-presidente
Lula na semana passada, o governador disse respeitar a decisão, mas aproveitou
para alfinetar o governo.
"Nunca vi quem está no governo, sobretudo quem está no
governo numa situação de dificuldade, antecipar calendário eleitoral. Nunca vi
isso dar certo", disse.
Eduardo participou na manhã desta sexta-feira (1º) do
lançamento de 669 bolsas para residência médica que serão financiadas pelo
governo estadual.
Durante a cerimônia, Campos criticou o modelo de
financiamento da saúde pelo governo federal e, mais tarde, declarou aos
jornalistas que havia subfinanciamento na área.
"A gente precisa corrigir a tabela do SUS (Sistema
Único de Saúde) para uma série de procedimentos. Há, com certeza, um
subfinanciamento. O Estado ou o município, para manter vivo, funcionando,
investe duas, três vezes o valor que o SUS passa", disse.
Segundo o governador, Estados e municípios arcam com 55% dos
custos da saúde pública, enquanto a União banca 45%.
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