Adversários uniram forças contra o socialista, que aproveitou para abordar temas de interesse do povo.
No último debate televisivo entre os postulantes ao Governo,
o candidato da Frente Popular, Paulo Câmara (PSB), voltou a mostrar um
desempenho superior ao de seus adversários e a provar que é o mais preparado
para assumir o Palácio do Campo das Princesas. Com serenidade e segurança, o
socialista não caiu nas provocações dos oponentes, que optaram por não fazer
perguntas entre si, e detalhou suas propostas para o Estado nas mais diferentes
áreas.
"Tive a oportunidade de ser sabatinado pelos outros
candidatos em todas as perguntas e pude responder a praticamente todos os temas
colocados no debate. Para mim foi importante, acho que a população de
Pernambuco pode conhecer mais detalhes das minhas propostas nos vários
assuntos", avaliou Paulo, sobre a estratégia conjunta dos adversários de
apenas se dirigirem a ele em suas perguntas.
Um dos compromissos renovados por Paulo foi com a promoção
do desenvolvimento econômico e social equilibrado para todas as regiões de
Pernambuco. "Para isso, é necessário investir em infraestrutura,
qualificação profissional e incentivos aos novos empreendimentos; para que os
investimentos cheguem por igual a todos os lugares. Isso foi feito nos últimos
oito anos, nos governos de Eduardo Campos e João Lyra Neto (PSB), o que
preparou o Estado para que possamos fazer ainda mais, a partir de 2015",
garantiu o socialista, citando os investimentos na pavimentação de estradas, a
rede estadual de escolas técnicas e a universalização do acesso às escolas
estaduais em tempo integral como exemplos de ações que vão proporcionar esse
avanço.
O candidato não se deixou intimidar pelas críticas de um
oposicionista às homenagens e referências que sempre faz ao ex-governador
Eduardo Campos. "Eu tive a honra de conviver com Eduardo Campos por mais
de 20 anos e de ter recebido dele a responsabilidade de comandar três das mais
importantes secretarias de seu Governo, colaborando para o modo de gestão
inovador e premiado que ele implantou. Tenho muito respeito e admiração pelo
que ele representou e sei que ele vai fazer muita falta a Pernambuco. Vou
continuar a falar de Eduardo por toda a minha vida, porque os sonhos que ele
tinha são também os meus e ele sempre será uma referência para mim",
afirmou Paulo, acrescentando que vai honrar o legado deixado pelo líder.
Acusado pelo candidato do PTB de não ter "lastro
político", ou influência em Brasília para ser governador, Paulo voltou a
responder com serenidade, ressaltando que Pernambuco é um Estado importante e
que sempre terá voz junto às decisões políticas do País. "Meu adversário
acha que tem lastro político por ter acesso a pessoas como Renan Calheiros
(PMDB-AL), José Sarney (PMDB-AP) e Fernando Collor (PTB-AL). Mas eu não farei a
política do conchavo, que ele admira", rebateu o socialista.
Créditos
das Fotos: Wagner Ramos