Um estudo realizado pela Revista da Sociedade Americana de
Medicina Tropical e Higiene aponta que as informações falsas sobre o novo
coronavírus também são letais. Até o momento, o time de especialistas
internacionais responsáveis pelo estudo já contabilizou 800 mortes em
decorrência delas.
Foram analisadas 2.276 mensagens de texto, e 82% veiculavam
conteúdo falso. As postagens foram identificadas em 25 línguas e 87 países.
O estudo menciona ainda as notícias falsas mais frequentes.
Um mito popular citado é o consumo de álcool concentrado, que poderia matar o
vírus em circulação e ainda desinfetar o organismo. A crença se revelou como a
mais nociva, já que a ingestão de metanol foi apontada como responsável pelos
cerca de 800 óbitos, mais de cinco mil internações e 60 casos de cegueira.
Na Coreia do Sul, disseminou-se a informação de que a água
salgada curaria a doença e uma comunidade religiosa acabou se infectando após
compartilhar um spray para ingerir o líquido. Foram registradas ainda, em todo
o mundo, menções a receitas caseiras para aumentar a imunidade, sopa de
morcego, água sanitária e até mesmo entorpecentes, a exemplo da cocaína, como
eficazes na cura da doença.
As informações são desmentidas por diversas plataformas de
checagem, que utilizam apenas fontes oficiais e pesquisas científicas para
veicular informação checada e com credibilidade.
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