Pernambuco tem o ano mais violento da história, diz Silvio
O ano de 2017,
infelizmente, vai ficar marcado como o ano mais violento da história de
Pernambuco. Em 11 meses, já foram registrados em Pernambuco mais de 5 mil assassinatos,
a pior marca desde que esse tipo de crime passou a ser acompanhado pela SDS, em
2004. Nos três anos do governo Paulo Câmara, 13.398 pernambucanos foram
assassinados, número que ainda deverá crescer quando foram contabilizados os
números de dezembro.
A sensação de insegurança
no Estado amedronta o povo pernambucano e já compromete o ambiente de negócios
em Pernambuco, que tem atraído cada vez menos investimentos privados. A
sociedade pernambucana é penalizada duplamente, quando paga o pior dos impostos,
o imposto do medo, e assiste o baixo crescimento econômico nos levar ao posto
de campeão nacional do desemprego.
Lamentavelmente, o atual
governo revela-se completamente incapaz de reagir. As ações anunciadas, como
entrega de novas viaturas e contratação de mais policiais, são importantes, mas
na verdade é mais uma tentativa de confundir a opinião pública, uma vez que as
novas viaturas apenas repõem as que saíram de circulação e os novos soldados
apenas substituem os policiais que passaram para reserva.
Na prática, as ações do
governo na segurança se limitaram à troca de comando da Polícia Militar e da
Civil e a substituição de secretários – já foram três na atual gestão. Iniciativas
que não se traduziram em resultados. Além do recorde de assassinatos, temos um
dos menores índices de resolubilidade de crimes, elevado déficit de homens nas
policias, baixos investimentos em inteligência e prevenção da violência, além
de integração com os municípios para combater a criminalidade.
O povo de Pernambuco merece
respostas. Uma política de segurança pública eficaz só se constrói com a
participação de toda a sociedade. A hora é de unir os poderes Legislativo,
Executivo e Judiciário; as entidades da sociedade civil, como a OAB, as
universidades; os agentes de segurança e os movimentos sociais em prol da
redução da violência. O governo do Estado precisa ter a humildade de reconhecer
que está perdendo a guerra para a criminalidade e aceitar a ajuda de quem está
disposto a contribuir para mudar esse quadro.
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