É muito
triste quando um amigo morre, especialmente quando isto acontece antes do
tempo. Genival é da minha geração sendo um pouco mais velho 2 ou 3 anos. Um dos
grandes tocadores de violão de nossa cidade, especialmente dos cantores FAGNER,
GERALDO AZEVEDO E ALCEU VALENÇA. Lembro-me do seu primeiro casamento, com
Elaine, filha de Hélio Belo, foi o primeiro casamento em nossa cidade que um
conjunto musical tocou, foi uma grande festa no CLUBE DOS 30. Quando sentávamos
para beber, e ele começava a contar as histórias do tempo em que morou no
Recife, era arretado. Mesmo tendo ouvido varias vezes a mesma história nós
achávamos graça, pois ele contava de uma maneira que era impossível não
ouvirmos e darmos boas gargalhadas vai aqui algumas destas histórias:
Ele morava
na pensão de dona Nina, lá também moravam O grande locutor Carlos Cavalcante
(Febrónio), Dr. Zenício, Peu de Zé Zuza(inmemoria) etc.
Ele contava
das dificuldades financeiras que eles tinham e da técnica que Dr. Zenício
desenvolveu para deixar as roupas lisinhas sem passar ferro. A técnica era a
seguinte - depois de ensaboar e lavar a roupa no tanque ia-se com esta peça de
roupa para uma bacia de alumínio cheia de água pelas bordas,pegava a peça de
roupa e deslizava magistralmente pela a superfície da bacia e depois que a peça
saia da bacia dava-se uma sacudida ao vento que tirava o excesso de água e a
peça ficava lisa, era só colocar no varal,esticá-la e esperar que o vento
fizesse o resto. Genival dizia que todos na pensão tentavam fazer esta operação
mais somente Dr. Zenício fazia com tal maestria que dava inveja a qualquer
passadeira de roupa. Segue na próxima semana outras histórias.
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