Você
já ouviu falar da Terra da Fofoca? Não? Pois é de admirar, porque não está
muito distante. Fica situada junto à Baía da Falsidade, onde a velha Senhora
Boato tem sua residência.
A
Terra da Fofoca não fica longe de quem quer ir lá: a Ociosidade o levará em
menos de uma hora. A Estrada dos Maldizentes é muito popular, e a maioria das
pessoas que visitam a Terra da Fofoca, eles a preferem por ser asfaltada.
Contudo, há algum perigo, porque quase todos os visitantes, tarde ou cedo, caem
na Baía da Falsidade, cujas águas são muito sujas por receberem os detritos de
diversas povoações.
A
estrada passa pelo túnel do ódio, sendo a rua principal chamada "Dizem",
terminando numa grande praça por nome "Ouvi Dizer". Muitas pessoas
Viciadas passam ali horas esquecidas, sendo acariciadas pelas brisas da Baía da
Falsidade conhecidas pelo nome de "Não Conte Nada". No centro da
cidade está o "Parque das Histórias". É um recinto perigoso, não
sendo raros os crimes de morte.
As
últimas vítimas foram um homem chamado "Bom Nome" e uma senhora
conhecida pelo apelido de "Reputação". Os atacantes quase sempre se
escondem na Vila da Difamação, um lugarejo onde governa certo indivíduo chamado
"Orgulho Invejoso". Este é um corcunda horripilante, mas por ter
certas maneiras atrativas, consegue ganhar algumas amizades – principalmente
daqueles que preferem viver na Terra da Fofoca.
A
estrada "Dizem", apesar de bem frequentada, é muito perigosa; muitas
pessoas têm sido atacadas ali e deixadas ao lado muito maltratadas. Nos
esquecíamos de mencionar que esta estrada atravessa uma colina chamada
"Remorso", a qual, apesar de regada com lágrimas abundantes, produz
frutos muito amargos. Ao lado encontra-se o cemitério onde estão sepultadas
muitas pessoas que por descuido se aproximaram daquela terra de maldição.
Evitem, pois, a Terra da Fofoca.
Tomara
que os FOFOQUEIROS DE PLANTÃO ao lerem essa crônica repensem seu modo ridículo
de verem os outros e passem a cuidar da própria vida...
Achou
que o padre pegou pesado? Então veja o que Jesus fala a respeito do uso
inconsequente da língua:
"Raça
de víboras, como podem vocês, que são maus, dizer coisas boas? Pois a boca fala
do que está cheio o coração. O homem bom do seu bom tesouro tira coisas boas, e
o homem mau do seu mau tesouro tira coisas más. Mas eu lhes digo que, no dia do
juízo, os homens haverão de dar conta de toda palavra inútil que tiverem
falado. Pois por suas palavras vocês serão absolvidos, e por suas palavras
serão condenados." (Mt 12, 34-37)
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